O candidato ao governo do Piauí pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Zé Filho, disse nesta quarta-feira (20), em entrevista ao PI TV 2ª Edição, que se tornou candidato por um chamado político dos partidos da base aliada. Ele disse também que seu governo sofreu perseguição política do governo federal e que este fato teria provocado o atraso de obras no estado (veja acima a íntegra da entrevista).
“Nós tínhamos um contrato com o Branco do Brasil, um dinheiro de financiamento de empréstimo que o ex-governador Wilson Martins fez. Um dinheiro que é do estado. Quando houve a troca de governo, eles mudaram a regra e tivemos uma dificuldade muito grande de nos adequar a essa regra, que foi alterada depois de o jogo ter iniciado. Eu fiz denúncias que era perseguição do governo (federal). Tanto é que denunciamos o BB, o governo federal e depois disso é que eles resolveram liberar o nosso empréstimo. Uma coisa que era para ter sido paga em abril, eles estão nos pagando agora”, disse ao ser inquerido sobre obras paradas no Piauí.
Zé Filho não foi a primeira opção de candidato ao governo. Meses atrás o próprio governador afirmou que seu candidato era o deputado Marcelo Castro (PMDB). Entretanto, houve uma reviravolta com o gestor se tornando o cabeça da chapa. A jornalista Denise Freitas perguntou se aquela mudança não poderia gerar uma desconfiança no eleitorado.
“Eu não seria candidato de mim mesmo e continuo dizendo isso, não iria impor meu nome somente porque eu gostaria de ser candidato. Em janeiro, o ex-governador fez uma reunião com os partidos da base aliada e naquele tempo o meu nome não agregava, não era consenso na maioria dos partidos da base aliada. Em abril, quando assumi, os outros partidos viram que eu deveria ser o candidato. Eles vieram até mim e disseram isso. Eu disse que tínhamos um acordo com Marcelo Castro. ‘Eu não vou ser (candidato) se todos vocês não conversarem primeiro com o Marcelo. Se ele concordar e for desejo de todos, eu aceito o desafio de ser candidato’. Foi isso que aconteceu e por isso eu sou candidato a governador”, respondeu.
Na questão seguinte, Zé Filho foi perguntado porque somente agora, que é governador, que denunciou que o estado está quebrado, sendo que em 2010 ele estava na chapa que elegeu Wellington Dias ao senado.
“Nós compomos uma base, formamos uma base e ele que saiu na nossa base aliada. O candidato da turma do PT participou do governo, está com apenas seis meses que saíram. Eles ficaram ocupando cargos e ele sabe da nossa dificuldades”, disse quando foi inquerido se o estado do Piauí estava quebrado.
“De forma nenhuma. Não estamos ricos, o Piauí nunca foi um estado rico. Estamos sempre no fio da navalha, mas nós não temos dificuldades para pagar contas. Não temos é sobra de dinheiro”, afirmou.
O candidato do PMDB ao governo do estado foi sucinto em suas considerações finais. “Eu agradeço a oportunidade para nós esclarecermos um pouco sobre as questões que aqui foram feitas. Você que está nos ouvindo, nós vamos construir esse Piauí cada vez mais justo, igualitário e fraterno”, finalizou.
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