Bem humorado e com direito a abraço, o governador Wilson Martins (PSB) e o presidente do PT no Piauí, deputado estadual Fábio Novo, garantiram que não haverá racha entre os dois partidos. O primeiro encontro entre Wilson Martins e Fábio Novo ocorreu logo cedo – por volta das 7h - após a decisão do PSB de sair do governo Dilma Rousseff. O governador garantiu que se sente “confortável” com o PT no seu governo e disse que a decisão do PSB nacional reforça ainda mais a posição de permanecer no governo.
“Houve sinalização do partido de discutir um projeto nacional e ter uma candidatura própria. O governador Cid Gomes (CE) já disse que não sai do governo e isso reforça minha posição. Estou aqui para ajudar o partido e o projeto nacional”, disse o governador.
Wilson Martins ainda brincou: “já passou dos 50% de eu permanecer no governo”, disse sorrindo.
No hangar do governo, no aeroporto Petrônio Portela, o governador rechaçou a possibilidade de exonerar os petistas do governo. Fábio Novo assim que chegou no hangar brincou com o governador: “quando começa apartação?” e o Wilson Martins sorrindo reage: “se depender de mim essa apartação não acontecerá jamais”. O governador e Fábio Novo viajaram juntos no mesmo avião para darem ordens se serviços no município de Bom Jesus ( a 632 km de Teresina).
Assim que terminou a reunião de ontem com o governador Eduardo Campos, o governador disse que ligou para Fábio Novo e o senador Wellington Dias. “Como em política as notícias andam mais rápido do que nosso pensamento, telefonei para o presidente do PT Fábio Novo e para o amigo Wellington Dias para dizendo a decisão e o respeito que tenho pelo PT. Temos uma relação fraterna e não há nenhum desconforto do PT permanecer no governo”, afirmou Wilson Martins.
Ele reafirmou que o partido sai do governo Dilma devido a “constrangimento” ao ministro Fernando Bezerra e ao próprio governador Eduardo Campos (PE), presidente Nacional do PSB. “O partido se sentiu constrangido, principalmente o ministro Fernando Bezerra, que é nosso ícone, se sentiu desconfortável. Ele (Fernando Bezerra) que lutou para buscar o entendimento”, disse.
Para o governador, a saída do governo Dilma foi amigável. “Foi preferível sair de forma madura, somos companheiros e da mesma esquerda e é preferível sair dessa relação conflituosa sendo amigos do que brigados”.
Há entendimento do PSB de que os Estados terão independência para tomar uma posição.
“Aqui no Piauí não estou com esse sentimento de falta, a relação é fraterna com os petistas e depende dos dois lados. Do ponto de vista estamos felizes e não há nenhum constrangimento”.
O governador admitiu também que em 2014 o PT e o PSB no Piauí poderão ficar de lados opostos. “Não torço por isso, mas se acontecer o mundo não vai acabar. Sonho que o casamento com o PT seja longo”.
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