Publicada em 31 de Janeiro de 2016 �s 14h37
A empresa Votorantim, que atua em diferentes segmentos de negócios como produção de cimentos, metais e mineração, siderurgia, celulose, suco de laranja e auto-geração de energia, deve se instalar em breve no Piauí. Representantes da empresa participaram de audiências públicas com o objetivo de esclarecer dúvidas e questionamentos da população dos municípios de Curral Novo, Betânia do Piauí e Paulistana, onde a empresa pretende realizar investimentos na área de energia eólica.
De acordo com o secretario estadual da Mineração e Energias, Luís Coelho, depois dessa primeira fase de audiências públicas, os representantes da Votorantim vão participar da instalação do canteiro de obras para dar início aos trabalhos da empresa no estado.
“Todas as três audiências foram conduzidas e muito bem movimentadas. A população participou, questionou e tirou dúvidas. Sempre tem esses questionamentos sobre funcionalidade dos aparelhos, como também o arrendamento das terras. Tudo isso foi esclarecido”, diz o secretário.
Luís Coelho destacou que o Estado está fazendo a parte que lhe cabe, dando todas as condições possíveis para que a empresa se instale no Piauí. “O Estado faz a sua parte na questão de estradas, viabilizando os acessos e transporte; realizando o preparo da mão de obra qualificada, enfim, o Governo está se propondo a ajudar com o Sebrae, Senai, Sesi e Pronatec. A gestão estadual está inserida nesse processo como um todo, e o que a gente quer é que funcione”, acrescenta o secretário.
O gestor explica ainda que já está aprovado que todo projeto dessa natureza disponibilize 30% a 35 % dos recursos para o Estado, e que mesmo que o Imposto Sobre Serviços (ISS) seja cobrado, os investimentos da Votorantim no Piauí vão trazer muitos benefícios para o estado.
“Não podemos deixar de receber um projeto dessa magnitude porque o ISS é cobrado na fonte, no consumo. Por que, quando você vai a um posto de gasolina e abastece seu carro, o imposto fica no Piauí. Nós devemos questionar isso, como está sendo feito a nível de Congresso Nacional, para que possa ocorrer uma distribuição justa, porque a energia eólica produzida no Piauí, quando é consumida no estado, o ICMS fica aqui. Quando ela vai pra fora, o ICMS fica fora. Nós não podemos esquecer é do benefício que fica na região. Por exemplo, cada torre daquela, o dono da terra recebe 1,5% do que produz. Eles não tinham essa renda antes e que agora vai ser gasta no Piauí”, destacou Luís Coelho.
Além de representantes da empresa Votorantim, a audiência pública contou com a participação do pessoal das empresas Casa dos Ventos e da Geoconsult, responsável por fazer o levantamento da região, estudando os impactos ambientais. Outros investimentos
Além dos investimentos destinados aos municípios de Curral Novo, Betânia do Piauí e Paulistana, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, está trabalhando para que mais empresas se instalem no estado.
“Todo o conjunto de ações que pode ser feito para melhorar a arrecadação do Estado está sendo feito. Estamos trabalhando e o Congresso Nacional está buscando uma forma de fazer com que os estados produtores de energia recebam uma parte de ICMS. Diziam que o governo tinha que trazer indústrias para o estado do Piauí, está sendo feito. Estamos trabalhando para trazer as fábricas de torres e hélices para Picos e de aerogeradores para Parnaíba. Nós não podemos e não devemos é deixar de receber os investimentos porque o ICMS é cobrado lá na fonte”, completa Luís Coelho.