Um homem foi assassinado com quatro disparos de arma de fogo na manhã deste domingo (19) no povoado Árvore Verde, Zona Leste de Teresina, por volta das 7h30. A polícia, que foi acionada minutos após o crime, isolou a cena do crime para a realização da perícia, sendo que o corpo ainda aguardava recolhimento pelo Instituto Médico Legal(IML) até às 14h. Com a demora, vizinhos revoltados improvisaram uma proteção contra sol feita a partir de cavaletes de propaganda eleitoral e um lençol.
De acordo com o sargento Raimundo Oliveira, da Polícia Militar, que acompanha o caso, a polícia ainda não possui um suspeito para a autoria do assassinato do comerciante reconhecido como Carlos César de Sousa Viana, mas segundo informações de populares, o crime teria sido cometido por um motoqueiro que emboscou a vítima na rua de sua própria residência. Como os familiares ainda esperam a retirada do corpo por parte do IML, os policiais continuam no local para garantir que o cadáver não seja removido. Para o sargento, a situação é constrangedora.
“Chegamos por volta das 7h40 e isolamos o local aguardando a perícia. Infelizmente a viatura do IML nunca chegou e tivemos que ficar aqui esperando. Acho isso tudo uma grande falta de respeito com o cidadão e com a família, que além de perder um parente, tem que observar seu cadáver assim, aguardando no meio da rua à espera de uma viatura para retirar o corpo” conta o policial.
O professor Kleison Sousa, sobrinho da vítima, conta que o assassinato pode estar relacionado com uma briga na qual seu tio participou dias antes, e que por este motivo estaria sendo ameaçado de morte desde então. Segundo o familiar, a tristeza pela perda do tio se mistura com a revolta de esperar por mais de cinco horas a chegada de uma viatura para recolher o cadáver.
“É inadmissível que uma família tenha que ver o corpo de um ente querido estendido no chão dessa maneira por tanto tempo assim. Já estamos aqui esperando há mais de cinco horas e o IML nunca apareceu e nem mesmo a polícia sabe do paradeiro da viatura. Acho que se o corpo fosse de um cidadão rico, o tratamento seria diferente” lamenta o sobrinho.
A reportagem do G1 aguardou no local até o início da tarde, mas sem presenciar a chegada do veículo do Instituto Médico Legal. A demora e incerteza do horário de recolhimento do corpo forçou os vizinhos a improvisarem uma proteção feita com cavaletes de propaganda eleitoral e um lençol, a fim de resguardar o cadáver do desgaste provocado pela alta temperatura dos raios solares.
Ninguém do IML foi encontrado para comentar o caso.