Vizinhos do bebê encontrado morto dentro de casa em Teresina fizeram uma vigília na noite dessa quinta-feira (19), em memória ao bebê Ian Calebe e contra a soltura dos pais, que foram colocados em liberdade após audiência de custódia. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança faleceu devido a asfixia por leite.
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Após o flagrante, os pais da criança, identificados como Alice Jovem de Sousa e Ivanilson Oliveira Diniz foram presos sob acusação de abandono de incapaz com resultado morte e encaminhados para a Central de Flagrante. Durante a audiência de custódia, algumas medidas cautelares foram impostas aos pais do garoto para que continuem soltos, como por exemplo, a proibição de frequentar bares e restaurantes.
O promotor de justiça José Eduardo Carvalho, que participou da audiência de custódia, disse que foi solicitada a prisão, mas que o juiz não acatou a sugestão.
"Eu pedi que se mantivesse a prisão para a conveniência da instituição criminal, que é a gente conseguir achá-los para uma próxima fase do processo, evitar fuga, mas não só isso, a própria proteção dos acusados. Ontem mesmo eles foram embora com receio de sofrerem alguma agressão por parte da população", disse.
Na audiência, os pais negaram as acusações dos vizinhos de que são dependentes químicos. "O Ivanilson disse que já foi dependente químico, mas que há mais de dois anos não usava maconha nem bebida alcoólica, ou seja, que já estava curado, digamos assim. E a Alice disse que nunca usou, foi o que relataram para a assistente social", detalhou o promotor.
Calebe, de apenas cinco meses, foi encontrado morto em casa. Laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que a morte da criança foi por asfixia causada por leite. Segundo o laudo, não foram encontrados sinais de violência no corpo. Os pais da criança foram denunciados por maus-tratos e negligência ao Conselho Tutelar.
Os outros três filhos do casal foram encaminhados a um abrigo. A juiza da 1ª Vara da Infância e Juventude, Maria Luiza Moura, disse que as investigações do Ministério Público devem apontar quem são os responsáveis.
"A primeira providência foi tirar as crianças da situação de risco, as três que foram encaminhadas para acolhimento institucional. Quanto à criança que veio à óbito, o Ministério Público, que é o fiscal da lei, que vai averiguar e ver se há negligência ou do Conselho Tutelar, ou da avó, ou seja lá de quem for. A gente vai tomar providências legais necessárias", declarou.
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