Suspeita de matar cão.
Vizinhos da mulher suspeita de espancar e matar um cachorro da raça yorkshire a descrevem como “calma”, “boa pessoa” e “supertranquila”.
O G1 esteve duas vezes nesta sexta-feira (16) no edifício onde a suspeita mora, no começo da manhã e no início da tarde, mas o apartamento dela estava fechado e ninguém atendeu ao interfone.
A reportagem tentou falar com moradores de todos os outros cinco apartamentos do prédio de dois andares onde mora a mulher – dois falaram com o G1, um não quis dar declarações e outros dois não atenderam o interfone.
Moradora do mesmo andar da mulher, Annelise Maschke afirmou que mudou para o prédio no mesmo dia que a suspeita de maltratar e matar o cão, em junho passado.
“Ela é minha vizinha de porta. É uma pessoa supertranquila, muito calma. A filha dela parece ser feliz, uma menina que brinca e conversa bastante. Nunca ouvi nada e nem sabia que ela tinha cachorro. Ela nunca falou sobre isso”, disse.
Uma mulher que mora do outro lado da rua, que não quis se identificar, afirmou que a suspeita é “boa pessoa” e que mantinha uma relação cordial com ela. Ela disse achar que o caso tenha sido um mal-entendido. “Às vezes ela não matou o cachorro por querer”, afirmou.
Um vizinho que mora no mesmo prédio da suspeita, no entanto, disse que já tinha ouvido barulho do cachorro chorando. Ele não quis se identificar e falou com a reportagem pelo interfone do prédio.
O marido da suspeita, um médico que trabalha em posto de saúde da cidade, também não foi encontrado em seu local de trabalho. Funcionários que estiveram com ele pela manhã informaram que o médico estava “nervoso”.
Tinha visto o vídeo na internet ontem [quinta-feira], não sabia que era a mulher dele. Agora, faz sentido o jeito que ele estava hoje pela manhã”, comentou uma funcionária do posto de saúde.
O médico deixou o plantão por volta das 10h e suspendeu as consultas agendadas para a tarde, segundo a funcionária de outro posto.
Ministério Público
A agressão ao animal foi filmada e o vídeo, divulgado no YouTube. Nas imagens, a mulher agride o cão na frente de uma criança. O animal chega a ser arremessado para o alto e preso dentro de um balde. Segundo a polícia, o cão morreu.
O Ministério Público de Goiás informou ao G1 que só deve decidir se oferece denúncia contra a mulher após a conclusão do inquérito policial. Dependendo do resultado da investigação, o MP pode pedir novas diligências.
O delegado que investiga o caso, Carlos Firmino Dantas, disse que a pena prevista por maus-tratos pode chegar a até dois anos, caso a mulher seja processada e condenada. Como as agressões ocorreram em frente a uma criança, ele disse que a mulher pode ainda ser denunciada com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).