As quatro adolescentes brutalmente violentadas em Castelo do Piauí, Norte do estado, tiveram perda de memória. A informação foi confirmada neste sábado (30) pelo delegado Willame Moraes, gerente de Policiamento do Interior, durante coletiva na Secretaria de Segurança que apresentou o quinto suspeito do crime.
Segundo o delegado, as garotas estão recuperando a memória de forma gradual e a polícia aguarda uma melhora no quadro de saúde delas para colher os depoimentos.
O estado mais grave é da jovem de 17 anos, que teve trauma craniano e continua respirando por ajuda de aparelhos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospita de Urgência de Teresina (HUT).
Outra vítima foi submetida a cirurgia na coluna cervical na noite dessa sexta-feira (29) num hospital particular e está reagindo bem. Já a terceira não pode falar porque teve parte do rosto danificado e precisará de uma cirurgia reparadora. A quarta não continua em estado de choque.
"Não podemos forçar as vítimas a lembrar do crime, mesmo diante de um fato grave ou que seja para punir os autores. Vamos esperar a recuperação das meninas, elas terem condiçõe psicológicas e principalmente de saúde para detalhar de como se deu toda a ação. Infelizmente elas estavam no lugar errado e na hora errada", comentou.
O delegado confirmou que o estupro coletivo não foi algo planejado pelos suspeitos, que estavam escondidos da polícia e usando drogas no morro onde o crime aconteceu. O pai de uma das vítimas conversou com o delegado e contou a versão da filha sobre o crime.
De acordo com Willame Moraes, a adolescente diz ter ido até o morro fazer um trabalho da escola, ao chegar lá foi abordada pelos suspeitos. "A vítima conta que amarraram os seus pés e mãos, amordaçaram, mas não lembra o que aconteceu depois. Na parte da sessão de estupro que durou 1h, temos somente as versões dos suspeitos menores de idade, que foram ouvidos na presença de um juiz", contou.