O adolescente vítima de um disparo de arma de fogo durante uma confusão no Teresina Shopping no sábado (3), negou em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (5) que tenha qualquer tipo de rixa com seu agressor, e ainda que não combinou nenhum “rolezinho” ou possui perfil em rede social. “Fui vítima de uma bala perdida”, disse.
Internado desde o sábado (3), o jovem afirmou que não andava em grupo e ainda que tenha ameaçado o seu agressor. “Estava saindo da Praça de Alimentação do shopping para ir até o Parque Potycabana e, próximo a uma das saídas, me deparei com um grupo que vinha entrando e teve um tumulto. Logo em seguida senti uma queimação na barriga e quando olhei já estava sangrando. Eu estava com um amigo e uma amiga. Fui vítima de bala perdida”, relatou o menor, que continua internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) (assista vídeo da confusão acima).
O adolescente revelou ainda que em outras ocasiões já tinha visto os “rolezinhos” pelo shopping, mas nunca gostou desse tipo de manifestação. O menor já prestou depoimento à polícia nesta segunda-feira (5) e deve ter alta médica nesta terça-feira (6). “O que eu quero agora é que justiça seja feita. Eu poderia ter morrido”, afirmou.
As declarações da vítima negam depoimento do adolescente atrirador, qua havia relatado à polícia que os dois jovens tinham se esbarrado e discutido; e que por conta disso teria ido a sua residência pegar uma arma e retornado para matar o desafeto.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o adolescente detido alegou que havia entre ele e a vítima desentendimentos “onde provocações mútuas eram proferidas via rede sociais e ao se reconhecerem pessoalmente, houve o desentendimento onde, segundo o adolescente, ensejou o disparo de arma de fogo”.
O atirador foi apreendido no sábado e encaminhado para o Centro de Internação Provisória, no Dirceu. A Delegacia do Menor Vítima apura o caso, tendo já pego o depoimento do jovem que atirou na manhã desta segunda-feira. A delegada Betânia Lopes de Sousa, responsável pelo inquérito, disse que não irá se pronunciar porque segue a portaria assinada pelo delegado Geral, James Guerra, de que os delegados não podem se dar entrevistas durante investigações.