A Vigilância Epidemiológica de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, prepara uma varredura na região da Barra do Una, onde a atriz Camila Pitanga e a filha, Antônia, de 12 anos, contraíram malária.
De acordo com a prefeitura, a partir de quinta-feira (20) equipes vão buscar em um raio de 500 metros da casa da atriz por pessoas com e sem sintomas mas que estejam dispostas a serem examinadas.
Em 2020, foram registrados três casos da doença na cidade, sendo dois deles os da atriz e da filha. O Ministério da Saúde considera o município área de risco para a malária por ter registrado ao menos um caso autóctone nos últimos três anos.
De acordo com a assessoria da atriz, Camila Pitanga estava em confinamento em uma casa na Barra do Una quando começou a apresentar os primeiros sintomas. Acreditando estar infectada pela Covid-19, ela procurou um laboratório em Ubatuba e o exame para coronavírus deu negativo.
O diagnóstico de malária foi confirmado pela equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo.
Segundo a assessoria, a atriz e a filha estão em tratamento e retornaram ao isolamento social em São Sebastião. Camila publicou em sua conta no Instagram o relato dos dias de sufoco que ela e a filha passaram ao contrair malária.
Casos de malária
A Secretaria Estadual de Saúde informou que Centro de Vigilância Epidemiológica identificou até junho deste ano dois casos autóctones de malária no Estado. Em 2019, foram 12 casos no decorrer do ano em todo o Estado.
São Sebastião registrou 20 casos nos últimos cinco anos, sendo três até agosto de 2020, seis em 2016, cinco em 2017, quatro em 2018 e dois em 2019.
Para a segunda quinzena de setembro está programada uma pesquisa entomologia em parceria entre a prefeitura e a Sucen para a identificação da espécie de mosquito transmissora da doença na região.
Além de febre, infectados por malária podem ter vômitos, diarréia, dor abdominal, falta de apetite, tonteira e sensação de cansaço.