Uma das principais características da noite de réveillon é queima de fogos e rojões para comemorar a chegada do novo ano, mas o barulho, que parece ser inofensivo aos humanos, deixa muitos cachorros assustados, pelo fato de que eles possuem audição mais desenvolvida. Pensando nisso, a veterinária Ingrid Ramisa orienta alguns cuidados que os donos podem ter para deixar seus pets mais tranquilos.
“O ideal é que o proprietário procure um veterinário antes, porque existem medicações que acalmam o animal. Mas no dia é importante deixar os animais confortáveis e seguros, sem acesso à rua, por exemplo, porque eles podem fugir, ficar desnorteados e acabar sendo atropelados”, contou ao G1.
A veterinária não recomenda a utilização de soníferos nos animais. “A medicação que a gente recomenda é um fitoterápico, porque dá tranquilidade, acalma, e é natural. É uma substância que o organismo do animal já produz e a gente só suplementa isso. Isso evita o estresse do animal no dia”, explicou Ingrid Ramisa.
A especialista orienta ainda que os donos tentem colocar o animal em um local que algum tipo de isolamento acústico, para tentar diminuir a intensidade do som. “Um quarto forrado, com a janela fechada, por exemplo. Assim eles ficam protegidos, quietinhos”, recomendou.
Pousada para cachorros
Algumas pessoas que viajam ou passam a noite de réveillon fora de casa e não querem deixar seus cachorros sozinhos em casa procuram serviços de hospedagem para animais. É o caso da dona de casa Ângela Batista, que além de cuidar dos próprios pets, recebe os de outras pessoas para cuidar enquanto os donos estão fora.
“Nesse período do final de ano, acho que pelo menos uns vinte cachorros vão passar por aqui. Eu passo a minha noite de réveillon com eles, pergunto para os donos se eles têm medo de fogos para me preparar. Normalmente, a gente fica brincando, distraindo eles na hora”, disse Ângela.
Companheiro de viagem
O Simba, um yorkshire terrier de três anos, não perde uma viagem com a dona, a empresária Rebeca Rodrigues. O cachorrinho já acompanhou a família em viagens de final de ano para Aracaju e Salvador.
“Ele é rato de carro, quando é viagem, parece que sabe. Entra, dorme e não tem problema com o tempo da viagem. Nós paramos de duas em duas horas para que ele faça as necessidades e ande um pouco”, disse Rebeca.
A empresária contou que já chegou medicar o cachorro por receio do barulho na hora da virada de ano. “Estava muito preocupada com os fogos e a veterinária passou um remédio pra dar. Ele dormiu e só acordou de manhã”, relatou.
E no ano em que Simba não pode acompanhar a família, ficou hospedado em um hotel de cachorros. “Nunca deixaria em casa com alguém indo apenas alimentar e limpar o local, tenho muito medo de ele ter depressão, é bem comum nessa raça”, explicou Receba.
Neste ano, o yorkshire terrier pegou a estrada novamente. “A gente vai pra praia e ele também. Vamos passar a virada juntos”, contou a dona de Simba.