Uma comissão formada por vereadores e representante do sistema de coleta de lixo da prefeitura de Teresina realizou visita ao aterro sanitário da capital, para averiguar qual o destino dado aos resíduos produzidos por clínicas e hospitais públicos e particulares da cidade. O vereador Décio Solano (PT), que participou da vistoria “in loco”, explicou que a inspeção é resultado das deliberações de audiência pública realizada na Câmara Municipal, onde se discutiu os perigos à saúde resultante do tratamento inadequado aplicado ao lixo hospitalar em Teresina.
A prefeitura chega a gastar por ano o valor de R$ 70 milhões com a coleta de resíduos. Apenas no ano de 2010 foram gastos R$ 50 milhões com coleta e tratamento do lixo, o dobro da arrecadação do IPTU, que foi de R$ 25 milhões. De acordo com o novo plano diretor de coleta seletiva da capital, este custo deverá ser dividido com os hospitais.
Décio Solano afirmou que durante a vistoria, os vereadores constataram que o lixo hospitalar em Teresina recebe um tratamento diferenciado dos resíduos domésticos. “Nos constatamos que ele vem sendo aterrado em um espaço isolado. Mas nós sabemos que o melhor tratamento seria a incineração”, declarou.
O vereador defendeu a divisão dos custos da coleta seletiva com os hospitais da capital. “O valor é muito alto para a prefeitura de Teresina. Esse dinheiro poderia ser aplicado em outras áreas como transporte público. A qualidade desse transporte poderia ser melhorada”, disse.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Deocleciano Guedes, afirmou que os hospitais e clínicas de Teresina produzem 240 toneladas de resíduos hospitalar, sendo de responsabilidade da prefeitura realizar a coleta.
Com a segregação prevista no novo plano diretor, essa quantidade deverá cair para apenas 60 toneladas por mês, reduzindo os custos.