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Venda ilegal de presentes ofic

Venda ilegal de presentes oficiais recebidos por Bolsonaro pode ter ultrapassado R$ 1 milhão, diz PF

Publicada em 11 de Agosto de 2023 �s 12h44


 A Polícia Federal acredita que o grupo de militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter vendido ilegalmente mais de R$ 1 milhão em presentes oficiais dados por delegações estrangeiras ao governo federal.

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A PF cumpre nesta sexta-feira (11) mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ) contra militares e assessores de Bolsonaro envolvidos nessas supostas operações criminosas.

Segundo a TV Globo e a GloboNews apuraram, há quatro alvos:

o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid;
o pai dele, o general do Exército Mauro Cesar Lorena Cid;
o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.

A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no inquérito que investiga as ações de uma suposta milícia digital que atua contra a democracia.

A operação foi batizada "Lucas 12:2", em alusão ao versículo da Bíblia que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".

"Há muitos estudos que mostram que compra e venda de joias é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos veem como um crime 'seguro', que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades", escreveu o ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma rede social.

Pai de Mauro Cid negociou joias nos EUA
Mauro César Lorena Cid é general do Exército e foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970.

Durante o governo Bolsonaro, o militar ocupou cargo federal em Miami ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Segundo as investigações, o general era o responsável por negociar as joias e os demais bens nos EUA – inclusive, recebia os valores em sua conta bancária.

A Polícia Federal brasileira já pediu um acordo de cooperação internacional com os Estados Unidos para quebrar o sigilo dessa conta.

O rosto do general do Exército Mauro Lourena Cid foi identificado pela Polícia Federal no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial.

Segundo investigadores, ao fotografar a caixa com os itens para pedir uma avaliação do valor em lojas especializadas, Mauro Lourena Cid acabou deixando seu rosto aparecer no reflexo.

Tags: Venda ilegal - Bolsonaro

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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