Em entrevista ao canal chileno TVN, o meio-campo Valdivia, do Palmeiras, e sua esposa, a modelo Daniela Aranguiz, deram detalhes sobre as três horas que passaram sob o poder de um bandido na noite da última quinta-feira em São Paulo.
A mulher do camisa 10 do Palmeiras disse estar assustada e afirmou que o bandido tentou tocá-la, enquanto o jogador revelou que após descobrir sua profissão, o bandido solicitou R$ 20 mil.
Na sexta-feira, quando viajou ao Chile, assustado, já havia alguns rumores de que sua esposa não gostaria de retornar ao País. Uma declaração do jogador comprova que ele pode não vestir mais a camisa alviverde.
"Tenho contrato até 2015, mas não acho que posso ficar sem minha família", disse ele, dando a entender que Daniela e os dois filhos do casal devem permanecer no Chile por um bom tempo. A volta do jogador ao clube está prevista para esta segunda-feira.
Na entrevista, Valdivia disse que tentou negociar seu carro, suas roupas, mas não obteve sucesso. O sequestrador, segundo ele, não abria mão da quantia em dinheiro, tanto que passou por diversos estabelecimentos comerciais, entre supermercados e até em uma famosa rede de fast food. O casal revela que durante as paradas recebiam ameaças para não fazerem sinais de que estavam sendo sequestrados.
A Polícia já esteve nos locais em que o bandido passou para conseguir as imagens do circuito interno, que ajudariam nas investigações. De acordo com informações contidos no Boletim de Ocorrência, o marginal quis comprar um aparelho de som. Só não conseguiu, pois o jogador, minutos antes, havia feito um saque no valor de R$ 1.000, entregue ao bandido.
Entenda o caso
O jogador e sua esposa Daniela foram rendidos na noite desta quinta-feira e por cerca de três horas ficaram sob o poder do bandido. O casal foi abordado no estacionamento do Shopping West Plaza, no bairro Água Branca.
Depois de 3 horas rodando pelas ruas de São Paulo foi deixado, com o carro, próximo a uma loja de peças automotivas na Avenida Marquês de São Vicente. O bandido fugiu de táxi e levou mil reais.
Segundo Dejair Rodrigues, delegado seccional Oeste, que comanda as investigações, policiais civis estiveram no Shopping para conseguir as imagens do circuito interno.
O Boletim de Ocorrência foi registrado pelos policiais no 7º DP, uma vez que o jogador, abalado, não quis comparecer ao distrito.
Segundo a assessoria de imprensa do clube, o jogador não foi reconhecido pelo marginal. Valdivia teria se identificado apenas como Jorge, jogador do Palmeiras, e o bandido não o reconheceu.