As doses de vacina contra gripe (Influenza tipo B e A H1N1 e A H3N2) estão acabando nos planos de saúde de Teresina, e não há estoque para repor o medicamento. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, a capital espera a chegada de novas remessas, oriundas do Governo Federal. No domingo (6) a FMS confirmou a primeira morte por H1N1 em Teresina. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a campanha contra gripe alcançou 19% da meta de vacinação.
A Fundação Municipal de Saúde informou que o estoque de vacina contra gripe acabou na Rede de Frio, local onde a instituição armazena os medicamentos para distribuir aos postos de vacinação da capital. Ainda é possível encontrar a vacina em algumas unidades de saúde.
Segundo a FMS, o Ministério tem mandado as doses da vacina de forma parcelada em sete remessas. No último sábado (5) a quinta remessa, que representa 15% do total das vacinas, chegou ao Piauí. A FMS informou que recebeu do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (7), 29.300 doses de vacina para gripe, que já estão sendo distribuídas nas salas de vacina da capital que estão desabastecidas.
De acordo com o diretor da unidade de vigilância sanitária e atenção à saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, a nova remessa está sendo distribuída nesta segunda-feira (7) em Teresina e nos municípios do interior do Piauí. “Cada cidade, incluindo a capital, vai receber 15% das doses previstas. Nossa intenção é que todas as cidades recebam os 100% das doses juntas”, explicou Herlon Guimarães.
O diretor disse ainda que é possível as vacinas que chegaram aos postos de Teresina já se esgotem nos próximos dias. “Por que a vacina não chegou a 100% para uma campanha. Agora, com essa remessa, chegamos à faixa de 63%. Então pode sim estar acontecendo esse desabastecimento em uma semana, de acordo com a procura da população”, disse Herlon.
Moradores relataram ao G1 que não encontraram as vacinas nos postos de saúde dos bairros Vermelha, no Centro de Teresina, São João, na Zona Leste e Promorar, na Zona Sul.
O caminhoneiro Luís Nelson dos Reis, de 59 anos, conta que tentou se imunizar no posto de saúde do bairro Vermelha, mas não havia doses disponíveis no local. “A enfermeira me informou que não tinha mais. Duas pessoas chegaram junto comigo e receberam a mesma informação”, disse.
Luíz Nelson faz parte do grupo prioritário da vacina, por ser hipertenso e trabalhar em uma função insalubre. “Toda campanha eu tomo a vacina. Quase todo mundo que trabalha viajando tem doenças como hipertensão, precisa se prevenir também por que a gente anda por todo lugar”, argumentou.
TERESINA