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Em um jogo nervoso e eletrizante nos minutos finais, os sul-americanos mais uma vez superaram os europeus na Copa do Mundo de 2014: na Arena das Dunas, em Natal (RN), o Uruguai contou com a expulsão de um adversário e com um gol nos 15 minutos finais do segundo tempo após finalmente conseguir superar grande atuação de Buffon para, de forma emocionante, vencer o duelo entre campeões mundiais contra a Itália por 1 a 0 nesta terça-feira e avançar às oitavas do Mundial, eliminando a seleção europeia.
Em campo, ambas as equipes fizeram a partida que se esperava: tensa, nervosa, disputada a cada lance e com polêmicas. O confronto que culminaria na classificação à próxima fase de apenas um dos dois campeões mundiais teve a marcação dos dois times com muito mais destaque do que os ataques, mas os europeus, que eram favoritos por terem a vantagem do empate, sofreram com a expulsão de um jogador no segundo tempo e foram eliminados com gol já quando a partida se encaminhava para a reta final - o goleiro italiano Buffon fez partida impressionante e, inclusive, foi eleito o melhor em campo mesmo com o revés. saiba mais Bares da Vila Madalena faturam alto, mas sofrem com bagunça Grécia e Costa do Marfim tentam em Fortaleza vaga nas oitavas de final Japão pega Colômbia e luta por uma vaga nas oitavas Fidel escreve carta para Maradona e exalta Argentina e Messi Duelo de campeãs marca fim de geração vitoriosa Leia mais sobre Copa 2014
Com seis pontos, o Uruguai garante a segunda colocação do Grupo D, atrás apenas da Costa Rica, que foi aos sete pontos com o empate com a Inglaterra nesta terça-feira – os italianos foram eliminados com apenas três pontos. O adversário uruguaio nas oitavas virá do primeiro colocado do Grupo C, mas ainda está indefinido: a seleção celeste enfrentará no Maracanã, no sábado, às 17h (de Brasília), ou Colômbia ou Costa do Marfim.
Para o duelo decisivo, a Itália veio com uma novidade ofensiva: Immobile apareceu entre os titulares ao lado de Balotelli no ataque, mas mesmo assim a primeira etapa não apresentou grandes lances de perigo. A tensão da partida era latente e as marcações das duas equipes se destacaram muito mais do que as peças ofensivas. Precavidos, ambos os times evitaram forçar uma pressão sobre o adversário nos primeiros 45 minutos.
De fato, a etapa inicial teve apenas uma boa chance para cada lado. A Itália chegou em cobrança de falta de Pirlo aos 10min que deu trabalho para o goleiro Muslera. Já o Uruguai teve a melhor chance da partida aos 30min: Lodeiro tabelou com Suárez, que foi abafado por Buffon na saída do goleiro – na sequência, o agora corintiano também concluiu para ótima defesa do goleiro.
Expulsão de italiano, pressão uruguaia e gol salvador
A etapa final voltou com uma escalação mais precavida dos italianos, que sacaram Balotelli para a entrada do meio-campista Parolo – o Uruguai, que reclamou pênalti em Cavani logo aos 5min, tirou Lodeiro para a entrada de Maxi Pereira. No primeiro lance de perigo do segundo tempo, Rodríguez tabelou com Suárez aos 11min, mas o atacante uruguaio concluiu para fora na saída de Buffon.
A situação dos italianos ficou mais complicada aos 13min: o meio-campista italiano Marchisio fez dividida forte com Arévalo Rios e o árbitro entendeu o lance como passível de expulsão. Com um a mais, o Uruguai colocou o atacante Stuani na vaga do lateral Alvaro Pereira e se jogou ao ataque em busca de um gol que daria a classificação. Aos 19min, Suárez concluiu chute à queima-roupa para defesa espetacular de Buffon, que mandou a escanteio.
O confronto virou um duelo de ataque contra defesa, mas o Uruguai encontrava trabalho na barreira italiana. Aos 34min, o atacante Suárez desferiu uma mordida em Chiellini a exemplo do que já fez na Inglaterra, mas o árbitro nada viu. No minuto seguinte, apareceu Godín: em temporada incrível, o zagueiro do Atlético de Madrid subiu mais que a zaga italiana para mandar para a rede após cobrança de escanteio.
Após o gol, os uruguaios se fecharam no campo de defesa e a Itália partiu toda ao ataque. Mesmo com um a menos, pressionou de todas as formas em busca do empate, que daria a classificação às oitavas da Copa. Com raça, o Uruguai conteve de todas as formas o ataque italiano e ainda desperdiçou contra-ataques para, enfim, comemorar a inesquecível classificação em solo brasileiro, de tantas memórias para o time celeste.