Publicada em 23 de Junho de 2014 �s 13h08
A rivalidade entre brasileiros e argentinos nos esportes é antiga e toma ares grandiosos quando chega a Copa do Mundo. E isso, o piauiense Diógenes Pereira da Silva, 16 anos, está sentindo na pele, em terreno estrangeiro. Ele é um dos 120 estudantes de ensino médio do Estado que participaram do programa de intercâmbio Aprender é uma Viagem e está na cidade de Rosário, na Argentina, onde além dos jogos do time Canarinho ele também assiste às partidas da equipe Albiceleste com sua família rosarina.
O estudante que cursa o segundo ano do Ensino Médio diz que as brincadeiras entre os tradicionais rivais existem dos dois lados. "Eu estava na escola no dia do jogo da Brasil e só vi o primeiro tempo. Quando cheguei em casa, o jogo tinha acabado e eu estava ansioso para saber o resultado. Quando perguntei para minha família daqui quem havia ganhado, todos disseram: "o Brasil perdeu de 3 a 1". Nessa hora eu fiquei com uma raiva, muito chateado. Mas depois eles contaram o resultado certo e aí fui eu que fiquei zoando eles, porque eles vieram dizer que o Brasil tinha ganhado com gol roubado", conta.
No primeiro jogo do time do Messi, Diógenes conta que vestiu a camisa azul e branca para ver a partida, mas, no fundo, o sentimento brasileiro era mais forte. "Assisti ao primeiro jogo da Argentina aqui em casa mesmo, com minha mãe argentina e o amigo dela. Eles vibravam que nem loucos, gostaram demais e eu acabei postando uma foto com a camisa da Argentina só pra alegrá-los. Sou Brasil e, com fé em Deus, vamos ganhar esse mundial", revela bem humorado.
A mãe de Diógenes no intercâmbio, Nancy Varela, conta que no segundo jogo da Argentina também houve muita comemoração. "Festejamos muito e fomos comemorar no Monumento à Bandeira, que é o lugar de encontro para celebrar aqui em Rosário", comentou.
Ser um brasileiro, em território argentino, durante uma Copa do Mundo, requer muito jogo de cintura, segundo o piauiense. "Os argentinos ficam tirando muita brincadeira comigo. São muito chatos, mas ao mesmo tempo, legais. Aqui você vê o quanto existe essa zoação entre argentinos e brasileiros", descreve.
Diógenes deve retornar ao Brasil no dia 25 de julho, junto com a comitiva que passou cerca de cinco meses em Rosário. "Mas se o Brasil ganhar, vou comemorar tanto com os outros brasileiros e talvez me façam voltar pro Piauí mais cedo", diz, o aluno, em tom de brincadeira.