Publicada em 18 de Maio de 2016 �s 13h20
Um curso de Orientação Pedagógica em ABA para Manejo com alunos autistas em sala de aula é promovido pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi), por meio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e da Pró-reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (Prex), nos campi de São Raimundo Nonato e Piripiri. A extensão visa qualificar os professores nas práticas de sala de aula com alunos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De forma especializada, o curso visa alertar para os primeiros déficits, proporcionar o conhecimento dos principais aspectos legais que regem a educação inclusiva direcionada ao autismo, como também orientar sobre estratégicas comumente utilizadas na prática inclusiva de crianças com TEA.
Segundo o censo escolar do Ministério da Educação (MEC) de 2012, há um diagnóstico de 25.624 alunos autistas em escolas brasileiras. “O portador de TEA apresenta um déficit neurocomportamental, onde as áreas mais afetadas são a comunicação, abstrações e contato visual”, explicou a coordenadora-geral do projeto, psicóloga e professora da Uespi, Danielle Fonseca.
De acordo com ela, a extensão pretende desmitificar o que se entende por autismo, levando conhecimento científico e técnico para que os profissionais e pais possam atuar nas escolas e em casa com os portadores. Participaram do curso alunos do Parfor, professores da rede básica, alunos da Assistência de Educação Especializada (AEE), comunidade e pais.
O curso contou com a presença de fonoaudiólogos e assistentes sociais. O pró-reitor de Extensão da Uespi, Raimundo Dutra, falou que o curso ministrado por profissionais garante uma ampla discussão sobre as técnicas para manejo em sala de aula com alunos autistas.
Ana Paula, cursista da oficina de ABA de São Raimundo, mãe de gêmeos autistas, falou que o curso tem ajudado muito a lidar com o transtorno dos filhos. “Há três anos, se você me perguntasse o que é autismo, eu não saberia te dizer. O conhecimento é a fundação de tudo. As pessoas não podem excluir alguém por causa de autismo”, afirmou a mãe. Ela ressalta que antes, quando eles estavam em crises por conta do autismo, achava que era birra de criança e tomava atitudes inadequadas. “Hoje, não. Hoje eu consigo diferenciar quando é birra, quando é crise, quando é estereotipia”, finalizou Ana Paula.