Publicada em 07 de Março de 2016 �s 16h01
A Universidade Estadual do Piauí (Uespi), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Prex), discutiu na manhã desta segunda-feira (7), uma programação alusiva ao 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura. Está prevista a realização de mesas redondas, exposições, apresentações culturais, teatrais e religiosas.
O evento deverá ocorrer entre os dias 10 e 13 de maio, respectivamente nos campi da Uespi em Parnaíba, Picos e Teresina. No evento serão discutidas várias temáticas como: políticas afirmativas, implementação do ensino de história e cultura afrodescendente Lei Federal nº 10.639/03 e trabalho escravo contemporâneo.
Estiveram presentes Assunção Aguiar, da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado; Antônia Aguiar, coordenadora do Memorial Zumbi dos Palmares/Secult; Gilvano Quadros, coordenador do Grupo Afro-cultural Coisa de Nêgo e Plácido Saraiva, representando o Fórum de Entidades Negras do Estado do Piauí. A Uespi foi representada pelo professor Raimundo Dutra, pró-reitor de Extensão.
Na avaliação de Raimundo Dutra, o evento é uma oportunidade para a reflexão acerca do povo negro na sociedade brasileira. “Nós articulamos essa programação com órgãos estatais e movimentos sociais, na perspectiva de refletir acerca da situação do povo negro na sociedade. Nossa intenção é analisar essa data e o seu significado para nossa sociedade, para o povo negro, para os estudiosos e para todos os cidadãos”, afirmou o pró-reitor.
De acordo com Assunção Aguiar, o encontro é importante para esclarecer sobre a efetividade das conquistas das comunidades negras desde a libertação dos escravos. “Neste encontro vamos questionar se realmente nós podemos tratar o 13 de maio como dia de libertação. Quando a princesa Isabel assinou o decreto de libertação, fez porque apenas 5% da população negra, na época, ainda estava cativa”, pontuou Assunção.