Trabalho for�ado gera lucros anuais de US$ 150 bi, diz OIT

Publicada em 20 de Maio de 2014 �s 07h44

Imagem: Reprodu��oClique para ampliar O trabalho for�ado rende lucros anuais ilegais de US$ 150 bilh�es, afirma um estudo divulgado nesta segunda-feira pela Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), que revela que mais da metade das v�timas s�o mulheres. O relat�rio se baseia em dados prim�rios, n�o em estimativas e, pela primeira vez demonstra a correla��o entre trabalho for�ado e pobreza. saiba mais C&A pagar� R$ 100 mil por trabalho escravo em lojas de Goi�s 11 s�o resgatados de navio em condi��o de trabalho escravo na BA Marco Zero discute forma��o de semin�rio sobre o trabalho escravo Opera��o liberta 33 trabalhadores de condi��es escravas no Piau� Trabalho escravo: projeto de lei fica pronto at� quarta-feira Leia mais sobre Trabalho escravo O trabalho for�ado tem como base um elemento de coa��o, ou seja, exercer uma atividade sem consentimento pr�vio e sem a possibilidade de deixar de realiz�-la. Segundo as estimativas mundiais da OIT, ao redor de 55% das v�timas s�o mulheres, j� que em atividades como a explora��o sexual comercial e o trabalho dom�stico a grande maioria das v�timas s�o mulheres e meninas. Al�m disso, outra das conclus�es da OIT � que 44% das v�timas s�o migrantes, internos ou externos. Os novos n�meros se baseiam nos dados da OIT divulgados em 2012 que estimavam o n�mero de v�timas do trabalho for�ado, do tr�fico humano e da escravid�o moderna em 21 milh�es. A grande maioria, 90%, se d� na economia privada, em contraposi��o � explora��o exercida pelo Estado (trabalho carcer�rio n�o regulamento, recrutamento for�ado de crian�as no Ex�rcito, etc.). Os lucros gerados pelo trabalho for�ado s�o ilegais por defini��o, lembra o estudo, que indica que esse tipo de atividade rende US$ 150 bilh�es por ano. Do total estimado, dois ter�os - US$ 99 bilh�es -, v�m da explora��o sexual comercial, enquanto US$ 51 bilh�es da explora��o for�ada com fins econ�micos, o que abrange o trabalho dom�stico, a agricultura e outras atividades econ�micas. Destes, o lucro gerado pelo trabalho for�ado na agricultura, incluindo a silvicultura e a pesca, � estimado em US$ 9 bilh�es por ano. Esses n�meros foram calculados em fun��o da diferen�a entre o valor agregado correspondente ao trabalho e os sal�rios efetivamente pagos �s v�timas do trabalho for�ado nesse setor. Os lucros gerados na constru��o, ind�stria, minera��o e outros servi�os s�o estimados em US$ 34 bilh�es de d�lares por ano. O relat�rio considera, al�m disso, que os patr�es de trabalhadores dom�sticos em condi��es de trabalho for�ado economizam cerca de US$ 8 bilh�es por ano com o n�o pagamento ou com um sal�rio inferior ao devido. Essas economias foram calculadas de acordo com a diferen�a entre o sal�rio que o trabalhador dom�stico deveria receber e o que realmente � pago �s v�timas do trabalho for�ado. O estudo indica que � poss�vel estimar que os empregados dom�sticos em situa��es de trabalho for�ado recebem em m�dia 40% do valor que deveriam. A regi�o da �sia-Pac�fico � a que concentra o maior n�mero de v�timas do trabalho for�ado, cerca de 12 milh�es de pessoas (56% do total), enquanto os pa�ses da Europa Central, Sudeste e Oriental (que n�o s�o membros da Uni�o Europeia) e a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) t�m a maior taxa de preval�ncia com 4,2 v�timas por cada mil habitantes. Em rela��o aos lucros anuais gerados pelo trabalho for�ado, US$ 12 bilh�es correspondem � Am�rica Latina. A principal conclus�o do relat�rio � a correla��o entre pobreza e trabalho for�ado, pois a popula��o pobre est� mais sujeita a esse tipo de rela��o trabalhista.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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