Trabalhadores rurais de várias cidades piauienses realizaram na manhã desta terça-feira (23) em Teresina a 21ª edição do Grito da Terra. Os agricultores e representantes de vários sindicatos do interior do estado se concentraram inicialmente em frente à Assembleia Legislativa do Piauí. Em seguida, caminharam em protesto rumo a Praça Pedro II, no Centro da capital, e bloquearam a avenida Frei Serafim.
De acordo com a organização, o ato reúne mais de mil trabalhadores. A Polícia Militar falou em 500 pessoas. Eles cobram mais políticas públicas de assistência ao trabalhador rural, melhorias em assentamentos da Reforma Agrária, fortalecimento do homem e da mulher do campo, a saída do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e defendem a democracia.
De acordo com Elizângela Moura, presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetag), é necessária a implantação de novas políticas públicas voltadas para a assistência aos trabalhadores que sofrem com a seca no semiárido piauiense. Ela destacou que muitos estão perdendo os animais e enfrentam dificuldades para conseguir água.
“Uma das coisas que reivindicamos são políticas públicas para ajudar a população que sofre com a estiagem. Muitos trabalhadores estão perdendo animais por falta de água e de alimento para seus rebanhos e também falta para o consumo humano. Precisamos de uma política de convivência para que essas pessoas possam permanecer no campo com qualidade de vida”, falou.
Atualmente o Piauí possui mais de 500 assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo a Fetag, esses locais precisam ganhar melhor estrutura para garantir que os trabalhadores permaneçam no campo desenvolvendo suas atividades com a devida assistência.