Cassandra Lages, tia da jovem Fernanda Lages, declarou em entrevista ao Jornal do Piauí que mesmo se o laudo da Polícia Federal concluir que a universitária não foi morta, a família não irá pedir desculpas a quem tenha se sentido ofendido.
Abordada pelo apresentador Tony Trindade sobre declarações de que o resultado apresentado sobre o caso Fernanda Lajes seria o mesmo da Polícia Civil, e que eles teriam que pedir desculpas, a tia da vítima foi categórica: “Não vamos pedir desculpas a ninguém, porque nós fomos vítimas, perdemos uma pessoa amada de forma brutal. Nunca fizemos acusações, apenas sobramos os responsáveis”, afirmou Cassandra Lages.
O advogado da família de Fernanda Lages, Lucas Villa e a tia da vítima, Cassandra Lages em entrevista para o Jornal do Piauí no início da tarde de hoje, disseram que a família tem mantido o silêncio para manter o pacto de sigilo com a Polícia Federal.
Cassandra Lages disse que para a família só interessa o resultado. “Acreditamos que a Polícia Federal vai apresentar um resultado diferente daquele apresentado pela Polícia Civil. Que deve apresentar uma justificativa válida, que convença a família e a sociedade sobre o caso”.
A PF tem levado em consideração informações levadas pela família que podem contribuir com as investigações. “As pessoas nos abordam para falar muitas coisas, mas filtramos os boatos e só levamos à política aquilo que consideramos relevante para o caso”, disse Cassandra.
O advogado afirmou que a família não vai desistir até o final do caso e que e exumação do corpo de Fernanda Lages foi um momento doloroso para todos da família. “Fomos avisados com antecedência de que a exumação seria feita, a PF nos deixou cientes disso. Estamos aguardando o andamento da investigação da Polícia Federal que trabalha de maneira sigilosa, discreta, sem repassar informações, estamos procurando ter o mesmo comportamento”.
O advogado Lucas Villa disse ainda que se o resultado apresentado pela PF não for satisfatório, a família pode iniciar uma ação penal mesmo que as investigações não apontem um autor. “Baseados nas provas arrolados nos autos durante todo o processo e se julgar procedente uma ação, a família e o Ministério Público podem iniciar uma ação civil. Mas este é um recurso que só deve ser usado em último caso”.