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Em Teresina, a ESF registra uma das maiores coberturas amplas de atendimento da

Teresina intensifica ações nutricionais e alerta pais para obesidade infantil

Publicada em 24 de Abril de 2012 �s 08h57


Alimentação escolar Alimentação escolar

Teresina, mais uma vez, ultrapassa meta pactuada com o Ministério da Saúde no âmbito das condicionalidades no atendimento aos beneficiários do Programa Bolsa-Família na área de saúde. Foi definido com o ministério, no "Pacto pela Vida", acompanhar pelo menos 80% das famílias do programa, por meio do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN, em 2011. Os dados apontam que a capital do Piauí localizou 87% no 1º semestre e 83,19% no 2º semestre.

A partir da identificação dessas famílias, o SISVAN consolidou os dados e vem aplicando, durante 2012, ações nutricionais entre as crianças do programa. Os dados revelam que hoje 93,2% das 21.127 crianças até dez anos acompanhadas pelo programa estão em condições nutricionais adequadas e apenas 3,1% com déficit nutricional, conforme indicador Peso/Idade da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, as autoridades da área de nutrição fazem um alerta aos pais: 3,7% dessas crianças estão com sobrepeso, embora esse percentual em Teresina esteja na margem aceitável determinada pelo Ministério da Saúde nesse indicador, que é abaixo de 5%.

Com observância às exigências da OMS e Ministério da Saúde, que divide o monitoramento desse público infantil nos grupos de crianças de zero a menor de cinco anos e de cinco anos a 10 anos, as condicionalidades em Teresina estão sendo atendidas. De acordo com o SISVAN da Fundação Municipal de Saúde (FMS), instituição da Prefeitura de Teresina, no primeiro grupo (zero a menor de cinco anos), 13.234 crianças foram acompanhadas e 92,9% (12.290) estão em condições nutricionais adequadas, enquanto 2,6% (349) estão com déficit nutricional (peso muito baixo para a idade e peso baixo para idade) e 4,5% (585) com peso elevado para a idade.

O relatório consta que 93,8% das crianças de cinco a dez anos estão em condições de normalidade no aspecto nutricional, mas 3,9% estão com déficit de peso para a idade e 2,3% estão com peso elevado. O aceitável, para a OMS e Ministério da Saúde, é que pelo menos 70% ou mais das crianças estejam em condições normais de nutrição, sendo satisfatório a partir de 80%. É aceitável que menos de 5% estejam com sobrepeso. Em Teresina, a Estratégia Saúde da Família (ESF) registra uma das maiores coberturas amplas de atendimento da população, mais de 95%, correspondendo a 192.669 famílias e nas quais age o SISVAN, sobretudo entre as crianças.

Avanços - "Melhoramos no ano passado em relação a 2010, quando já tínhamos percentuais satisfatórios sobre indicadores nutricionais, mas a Prefeitura de Teresina vem intensificando esse trabalho e avançando, principalmente pelo risco da obesidade infantil, o que é também uma grande preocupação do Ministério da Saúde", revela a nutricionista Edna Lima, do SISVAN/FMS, que coordena o acompanhamento feito pelo Programa Bolsa-Família Saúde na capital. Em 2010, as condições nutricionais adequadas foram registradas em 89,6% das crianças acompanhadas; 6,2% estavam com déficit nutricional e 4,2% com sobrepeso.

Todos esses parâmetros, segundo Edna Lima, são baseados no Índice Peso/Idade (P/I) cujos resultados orientam ações e execução de políticas públicas no âmbito nutricional e alimentar. "Essa melhoria do quadro nutricional das crianças acompanhadas no Programa Bolsa-Família se deve a um forte programa de avaliação e orientação nutricional, atividades educativas nas comunidades, suplementação de vitamina A e Ferro, orientação para o aleitamento materno, ampliação da assistência pré-natal, definição de técnicos para coordenações de saúde da criança e da mulher, melhoria da cobertura vacinal, entre outras ações, que vêm sendo fortalecidas no município", afirma a nutricionista.

Opções - Para a nutricionista, no Piauí há uma vasta rede de opções para uma alimentação saudável entre as crianças, incluindo leite e seus derivados. "Em vez de produtos industrializados, temos uma variedade de frutas que podem ser transformadas em suco ou consumidas pelas crianças de forma saudável, como manga, caju, acerola, banana, laranja, carambola, entre outras. Para as refeições principais, feijão, carnes magras, peixe, frango, legumes e verduras - produtos típicos da nossa região que devem ser incentivados para o consumo infantil", conclui.

Controle - Para o presidente da FMS, Luiz Ayrton, é fundamental controlar os desvios nutricionais, "especialmente o déficit de peso das crianças até os cinco anos de idade, porque isso evita comprometimento no desenvolvimento intelectual dessa pessoa no futuro. Além disso, controlar obesidade previne várias doenças decorrentes da obesidade infantil, como o diabetes, a hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outros agravos".

Fortalecimento das ações - De posse desses números, o prefeito de Teresina, Elmano Férrer, revela que ainda não é o momento de comemorar esses dados, embora a cidade esteja dentro dos parâmetros - e até ultrapassando algumas metas - na esfera nutricional da população infantil. Segundo ele, a ideia é fortalecer ainda mais essas ações, sobretudo valorizando e orientando a utilização de produtos regionais na alimentação das crianças.

"Já estamos fazendo isso nas escolas, enriquecendo a alimentação dos alunos, assumindo compromissos, inclusive, com os horticultores do município no fornecimento de produtos para a merenda escolar. O que observamos é que os resultados nas escolas são satisfatórios e dentro dos parâmetros estabelecidos pelos organismos internacionais pela forte ação que estamos implementando no âmbito do Programa Saúde na Escola (PSE)", revela o prefeito.

Saúde na Escola - A gerente de Atenção Básica da FMS, Adriana Valadares, reitera que o PSE atua em várias frentes buscando as condições adequadas de saúde das crianças e consequente melhoria da aprendizagem. Recentemente, a Prefeitura realizou avaliação antropométrica em 59 escolas do município e do Estado, já que o programa é de orientação federal e realizado em parceria com as esferas municipais e estaduais. A avaliação consta do diagnóstico nutricional entre os alunos.

Os resultados foram levados neste mês de março a todas as escolas que participaram das ações de antropometria, abrangendo, inclusive, tema da campanha do Ministério da Saúde para este ano: Prevenção da obesidade na infância e na adolescência. A nutricionista Keila Fortes, da FMS, explica que essa mobilização nas escolas é realizada desde 2008, mas vem sendo intensificada nos últimos dois anos. "Em 2011, avaliamos 15 mil alunos de cinco a 19 anos e agora, com os resultados em mãos, levamos essas informações para as escolas e para as comunidades escolares", assinala. Há uma lista com todos os alunos que estão com desvio nutricional, destacando os percentuais dos indicadores de magreza, magreza acentuada, sobrepeso e obesidade grave.

"Apresentamos esse trabalho juntamente com os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), educadores físicos e outros profissionais que integram o PSE para o planejamento de ações práticas no sentido de combater os riscos desses indicadores negativos na saúde das crianças e dos adolescentes diagnosticados", explica a Keila Fortes. As equipes, com a intervenção da ESF, realizam ainda visitas domiciliares com o objetivo de orientar as famílias cujos filhos estão com algum desvio nutricional, para consolidar as informações sobre as boas práticas alimentares para uma vida saudável.

 

 



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Fonte: Prefeitura de Teresina �|� Publicado por:
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