Teresina amplia oferta de serviços em saúde e fortalece gestão do SUS

Publicada em 10 de Maio de 2012 �s 11h55

Construção UPA no Renascença

Construção e ampliação de 13 centros de saúde e de um hospital municipal, concurso público para todos os níveis - da atenção básica à média e alta complexidade, além da área administrativa -, convocação progressiva dos classificados, Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) em obras e um forte redirecionamento da gestão são algumas das intervenções que a Prefeitura de Teresina vem implementando na Rede Municipal de Saúde para consolidar a capital como polo regional de atendimento, mas, sobretudo, priorizando a população teresinense que depende do Sistema Único de Saúde (SUS).

"Temos um norte a perseguir, conforme orientação do prefeito da cidade, Elmano Férrer, que ao assumir a gestão municipal, em abril de 2010, questionou o fato de a população, ao longo dos anos, reclamar tanto do sistema e resolveu se colocar no lugar do usuário para sentir as suas necessidades e solucionar as demandas", revela o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), João Rodrigues Filho.

"Foi esta determinação que recebemos quando fomos indicados para assumir a Presidência da Fundação Municipal de Saúde (FMS), e é isto que estamos fazendo, com o propósito de melhorar ainda mais o acolhimento e o atendimento ao usuário, otimizando todos os programas, avaliando a capacidade e a sensibilidade administrativa de cada gestor de cada unidade ou centro de saúde e dos profissionais de saúde porque para cuidar da saúde de um povo é preciso preparo e gostar de gente", enfatiza o presidente da FMS.

De acordo com João Rodrigues, o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vem merecendo atenção especial da Prefeitura. Ela afirma que há dificuldades, uma vez que a unidade passou a ser ponto de referência de todos os municípios do Piauí e de Estados do Norte e Nordeste. "Não estamos aqui inventando nada e nem fazendo milagres, mas adotando uma postura responsável e respeitosa para com a população pobre que depende do sistema e dos 11 hospitais municipais, visitando, todos os dias, essas unidades para acompanhar de perto o acolhimento e o atendimento, executando as mudanças, inclusive diretivas, quando forem necessárias", salienta o gestor.

Concurso público - A Prefeitura de Teresina realizou em 2011 o maio concurso público da história do Piauí na área da saúde. Mais de 70 mil pessoas, dos níveis fundamental, médio e superior, em todas as áreas da saúde, participaram do certame, com classificação de mais de 20 mil candidatos. "Essas pessoas que obtiveram a aprovação e a classificação já estão sendo chamadas, afirma o gestor."Desde abril de 2010, já foram convocados mais de 2.800 concursados. Somente este ano, foram mais de 600 terceirizados substituídos por candidatos classificados em concurso para os cargos de médico, administrador, enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar administrativo, odontólogo e agente de endemia, passando em seguida para médicos e enfermeiros", destaca João Rodrigues.

Dengue - Uma das grandes preocupações da gestão é a dengue. Aproximadamente 2.500 casos já foram registrados este ano e, embora este número esteja abaixo do mesmo período de 2011, a doença se desenvolve de forma mais grave e ainda com a chegada do tipo 4. "O mosquito transmissor está mais resistente e grande parte das pessoas atingidas já teve a doença, que se torna mais intensa quando ocorre mais de uma vez numa mesma pessoa. Mas esse é o tipo de ação que depende muito da população, que sabe o que deve fazer, mas muitas vezes não aplica essas medidas, que têm a ver com cuidados com a água e a limpeza no seu próprio ambiente familiar e de trabalho", sublinha o presidente.

De acordo com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRA), mais de 80% dos focos do vetor estão dentro das casas. "Temos que acondicionar corretamente o lixo, evitar acúmulo de água e verificar constantemente os vasos sanitários, ralos, calhas, caixas d"água e outros vasilhames que, se não forem devidamente vedados e monitorados, servirão de criatórios do mosquito", ensina João Rodrigues.

Ele reclama que muitas vezes os agentes de saúde e de endemias nem são recebidos nas residências, e o resultado é o grande número de casos nos hospitais particulares, principalmente. "Estamos agora convocado mais 30 agentes de endemias aprovados no último concurso para reforçar o trabalho de prevenção e combate ao mosquito", acrescenta.

Mutirões de limpeza estão sendo reforçados em toda a cidade, em uma parceria com as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) de Teresina. Segundo o presidente, é preciso também que a população faça a sua parte, evite o despejo de lixo em terrenos baldios ou às margens das vias públicas e denuncie quem pratica esse tipo de ação. "Estamos buscando apoio de todas as instituições para o combate ao mosquito transmissor da dengue", revela.

Ampliação da rede - Teresina será agraciada, no decorrer dos próximos dias, com mais 13 unidades básicas de saúde, orçadas em R$ 5,2 milhões. Elas estão sendo construídas no Poti Velho, Vamos Ver o Sol, Mário Covas, Esplanada, Portal da Alegria, Santa Bárbara, Santa Isabel, Parque Brasil, Vale do Gavião, Parque Esperança, Taboca do Pau Ferrado, Cacimba Velha e Boa Hora. Essas unidades vão se somar às 88 já existentes no município, com foco no atendimento, prevenção e promoção da saúde.

"Estamos transformando o Hospital do Monte Castelo em uma das unidades de referência. O investimento é de R$ 2,2 milhões. Ali está sendo concebido o que há de mais moderno em equipamentos, ampliando-se em número de leitos e adequando-se ao que reza a Política Nacional de Humanização, instrumento que estamos aplicando em toda a rede no sentido de priorizar o acolhimento", ressalta o gestor. Ainda sobre acolhimento e humanização, a Prefeitura de Teresina climatizou as 88 enfermarias da rede de saúde.

Sobre os plantões, explica o gestor que os hospitais que atendem urgência e emergência estão funcionando a contento. "Temos algumas situações em que alguns desses plantões ficam descobertos, principalmente por algum problema particular do profissional médico, mas são eventos que estamos procurando administrar. A questão de filas que se verificam em algumas especialidades médicas é conjuntural, ou seja, não é um problema só de Teresina, é nacional, porque em muitas áreas não há especialistas em número suficiente no mercado na área da medicina", justifica João Rodrigues. "Mas o último concurso contempla também a classe médica e estamos chamando esses profissionais de acordo com as necessidades do sistema", afirma.

UPA 24 Horas - João Rodrigues ainda destaca a construção da UPA 24 horas, no Renascença (zona Sudeste), unidade que será de grande suporte para o HUT e para os outros hospitais do município. O empreendimento está orçado em R$ 3,346 milhões, sendo R$ 2,863 milhões somente a obra física. O recurso financeiro é oriundo do Ministério da Saúde, com contrapartida do município. Na unidade, o médico analisará a necessidade ou não de encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas. Terá 15 leitos e capacidade diária de 450 atendimentos.

"A intenção é oferecer para a população um serviço que agregue qualidade, resolutividade, rapidez, eficiência e eficácia, diminuindo as filas dos prontos-socorros municipais, como no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), direcionando melhor o atendimento, com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para o qual a Prefeitura volta também o seu olhar no sentido de revigorar esta ação do primeiro contato com o paciente acidentado ou afetado por outros agravos", adianta o presidente.

De acordo o presidente da FMS, a Prefeitura vem trabalhando continuamente para dar as respostas que a população anseia. "Podemos assegurar que não há crise e nem descontinuidade na Rede de Saúde do Município. O que está havendo é uma nova consciência de gestão", assegura. "O prefeito Elmano Férrer quer que nos coloquemos no lugar do usuário, para que possamos nos aprimorar como humanista e como agente público, para que o povo, principalmente a parcela que era menos assistida no decorrer de anos, tenha os serviços em saúde que atendam plenamente à suas necessidades", finaliza João Rodrigues.