O policial militar suspeito de matar a namorada - a estudante de Direito Camilla Abreu, de 21 anos – trocou o banco do carro para esconder manchas de sangue, segundo o delegado Emerson Almeida, da Delegacia de Homicídios. De acordo com o delegado, o objetivo do suspeito era atrapalhar as investigações e reforçar sua tese de que o tiro foi acidental.
“Ele omitiu a troca do estofado, o que é mais um indício que demonstra que ele na verdade queria se distanciar das provas que o levavam ao crime. Ele trocou o banco do veículo, inclusive o encosto de cabeça, porque possivelmente poderia ter o trajeto do projétil percorrido após o disparo e nos dar a direção desse disparo. Com isso poderia cair por terra à versão do tiro acidental”, explicou o delegado Emerson Almeida.
Ainda segundo o delegado, o suspeito lavou o veículo duas vezes para apagar vestígios do crime. A primeira lavagem aconteceu na beira do rio e a segunda em um lava jato, onde algumas partes do carro foram desmontadas. A troca de bancos ocorreu após a segunda lavagem.
A Polícia Civil afirma que além de tentar descaracterizar a cena do crime, o suspeito teria tentado se desfazer do veículo em Campo Maior, a 81 km de Teresina. Sem sucesso, ele guardou o carro na casa de parentes e informou que o veículo tinha sido vendido, mas que não lembrava quem tinha sido o comprador.
“As investigações seguem, não vamos parar. Só realmente quando findarmos todas as nossas teses. Ainda vamos periciar o veículo para tentarmos identificar o sangue da vítima e identificar uma possível trajetória do projétil", informou o delegado.
Conforme o delegado, a perícia pode esclarecer a dinâmica dos fatos dentro do veículo. "Isso pode derrubar a tese de que foi um acidente e mostrar qual foi a distância do disparo, de que forma ocorreu esse disparo, que não foi um disparo acidental e sim um disparo doloso, com o objetivo de matar a vítima”, declarou o delegado Emerson Almeida.
TERESINA