
Leandro Rodrigues da Silva, 21 anos, apontado pela Polícia Civil como autor do latrocínio contra o dono de uma academia em Teresina, o empresário Macelo Henrique Amorim, 43 anos, tinha tatuado no braço esquerdo o artigo 121, do código penal, correspondente ao crime de homicídio. Leandro já tem passagem pela polícia por dez crimes. A polícia civil apresentou nesta segunda-feira (30) detalhes sobre o crime e o suspeito.
Além do crime contra o empresário, o rapaz foi apreendido aos 16 anos por outro latrocínio, contra um comerciante, ocorrido quase exatamente cinco anos antes da morte de Marcelo, em 8 de julho de 2013. “Ou seja, ele se orgulha, ostenta o crime”, disse o delegado Robert Lavor, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a respeito da tatuagem.
Desta vez, ele foi preso no dia 21 de julho, na saída de uma festa no bairro Satélite, Zona Leste, com uma moto roubada. A polícia informou que ele já era conhecido e era foragido por crimes de roubo. Ao todo, ele possui dez passagens pela polícia, sendo sete quando era adolescente.
Leandro foi autuado desta vez por latrocínio e roubo, praticado no mesmo dia da morte, com o carro da vítima. O crime foi cometido em um posto de combustíveis no bairro Todos os Santos, Zona Sudeste.
O delegado Robert Lavor contou que o suspeito não demonstrou arrependimento durante os depoimentos. “Ele é um indivíduo frio. Tanto que foi cometer outros crimes logo depois de ter assassinado o empresário”, comentou o delegado Robert.
O delegado contou que o crime foi cometido com o objetivo de levar apenas o carro e que o autor não conhecia a vítima. Imagens de câmeras de segurança mostraram a abordagem. "Se ele soubesse quem ele estava roubando, ele não escolheria essa vítima, já que estava diante da academia que o rapaz era dono, diante de câmeras e de muita gente que ajudaria a vítima", disse.
O carro foi levado e usado em dois crimes. Sendo um deles em um posto de gasolina, que foi filmado por câmeras de segurança. O outro crime foi contra pessoas que não registraram o caso na polícia.
Segundo o delegado, devido à grande repercussão e de imagens divulgadas dele, o suspeito resolveu destruir o veículo, que foi totalmente incendiado. Ele foi preso no bairro Satélite e, ao ser abordado, deu o nome do próprio irmão, mas o nome verdadeiro foi descoberto no dia seguinte, já que ele estava sem documentos.
Eles chegaram a ir até a casa do suspeito e a família reconheceu o homem, dizendo que ele estava usando as roupas do irmão. A família fez contato e pediu para que ele se entregasse, mas ele negou e disse ainda que continuaria cometendo crimes.