Publicada em 21 de Julho de 2014 �s 13h00
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De hoje até quinta-feira, os participantes do Start-up Rio receberão uma ajudinha do Google para transformar suas ideias em negócios lucrativos. A gigante de buscas traz ao Brasil o Launchpad, curso intensivo com 12 especialistas da companhia, sendo oito estrangeiros, que serve como plataforma de lançamento para novas empresas de tecnologia. O Rio é a quarta cidade do mundo a receber o programa, que foi oferecido apenas em Tel Aviv, Londres e Atenas. Além de dar apoio aos empreendedores, a realização do projeto coloca o país em destaque entre os mercados de tecnologia. saiba mais Google+ derruba proibição a nomes falsos na rede social Google recruta hackers para exterminar brechas de segurança Para CEO do Google, solução para desemprego é trabalho em meio período Google bloqueia propaganda pornô em site de buscas Google compra serviço de transmissão de música Songza Leia mais sobre Google
— Nós reconhecemos os esforços que estão sendo feitos para criar um forte ecossistema para o empreendedorismo — afirma Amir Shevat, líder global de relacionamento com start-ups na área de Relações com Desenvolvedores do Google, idealizador do Launchpad e um dos especialistas que vieram para o curso. — O Google nasceu numa garagem, e é nosso compromisso construir e apoiar o cenário empreendedor.
Apesar do pouco tempo de curso, ele espera que os participantes aproveitem a oportunidade para acelerar o desenvolvimento de seus negócios. Das edições anteriores do Launchpad, Shevat diz que algumas empresas conseguiram avançar “seis meses em uma semana” e, dependendo do trabalho, os empreendedores podem abrir portas dentro do próprio Google.
— A intenção do Launchpad não é comprar start-ups, mas um time em Tel Aviv foi adquirido pela empresa — conta. — Nós estamos sempre em busca de inovação.
Nascido em Israel, Shevat ajudou a transformar aquele país na chamada “Start-up Nation”, superando mercados como Reino Unido, Coreia do Sul, Japão e China na criação de novos negócios de tecnologia. Como empreendedor, fundou algumas start-ups e diz, com orgulho, ter vendido uma e quebrado outra.
— Eu tenho experiência tanto para o bem, como para o mal — brinca.
Mesmo sendo um país pequeno e pouco populoso, Israel conseguiu construir um ecossistema completo para as start-ups, com fundos de investimento em todos os estágios, aceleradoras e, o principal, empreendedores ajudando outros empreendedores. Segundo Shevat, cerca de 800 start-ups são criadas todos os anos e elas souberam transformar uma dificuldade em oportunidade:
— É um país pequeno, então todos pensam globalmente.
É essa mentalidade que ele quer encontrar por aqui. No fim do ano passado, Shevat esteve no país para conhecer a situação do nosso mercado. E, apesar das deficiências de um ecossistema em formação, a impressão passada foi boa. O especialista do Google vê bastante potencial e destaca a “paixão e energia” do empreendedor brasileiro.
Dicas para empreendedores
E para quem não participa do Start-up Rio, Shevat deixa conselhos que considera essenciais para o sucesso de um novo negócio:
— A primeira é ir lá e fazer. Muitos empreendedores ficam pensando sobre a ideia, mas são vencidos pela procrastinação. A segunda é escolher bem os fundadores. O Google investe muito no processo de seleção, porque é preciso construir um bom time.
O Start-up Rio é um programa do Estado que incentiva a formação de novas empresas de tecnologia. São 50 as start-ups beneficiadas, todas em estágio inicial. Elas ocupam um casarão no Catete que foi reformado para os empreendedores, e recebem mentoria com especialistas na área, além de investimento de R$ 100 mil em cada. O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Vieira, conta que o Google foi uma das primeiras empresas procuradas para parcerias e a vinda do Launchpad mostra que o Rio está se transformando em ator no mercado de tecnologia.
— A escolha da cidade sinaliza que estamos no centro das atenções no mundo da tecnologia — diz Vieira.
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