Publicada em 18 de Dezembro de 2015 �s 16h38
Num encontro interativo, gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) definiram estratégias para melhoria os serviços na unidade, como a pactuação com os municípios Entre Rios, visando fortalecer a atenção básica na Rede Cegonha.
A reunião ocorreu na noite da última quarta-feira (16) na Maternidade e teve ainda a participação de coordenadores, supervisores e grande parte de médicos integrantes do corpo clínico da Maternidade, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, dentre outros. Também estiveram presentes representantes da rede municipal e do Ministério da Saúde.
Dentre as medidas compartilhadas, está a pactuação com os municípios Entre Rios, visando fortalecer a atenção básica na Rede Cegonha, especificamente o fluxo de pacientes em obstetrícia.
De acordo com superintendente de Assistência à Saúde (Supas), coronel Gerardo Rebelo, desde o início do ano a Secretaria tenta descentralizar o atendimento, nas regionais – Parnaíba, Picos, Floriano e demais hospitais em todas as regiões -, com o intuito de fortalecer a atenção em obstetrícia nesses pontos. “A ideia é que a Evangelina Rosa fique, gradativamente, com pacientes de alto risco, que é o perfil dela. É um hospital de referência para alta complexidade e hoje, culturalmente, muito pessoas saem dos municípios, mesmo sendo casos de baixo risco e risco habitual, e vêm para essa maternidade onde não é necessário", esclareceu.
Na oportunidade, o diretor geral da MDER, José Brito, apresentou um diagnóstico que mostrou dados concretos da maternidade. “Essa é a política da nova gestão da Evangelina Rosa, transparência e busca constante por melhorias”, lembrou. Ele ressaltou que é cultural achar que só há uma maternidade em Teresina, lembrando que os serviços de saúde atualmente são municipalizados e que é preciso que os municípios absorvam isso. Ele ainda exaltou a presença da equipe da Sesapi. “Reconhecemos a necessidade de mais profissionais para a maternidade e também vamos tentar fortalecer a gestão”, registrou o superintendente da Sesapi.
O diretor técnico da MDER, Joaquim Parente, reconheceu as dificuldades apresentadas, principalmente pela grande procura pela maternidade que é a única de referência para alta complexidade obstétrica. "A Evangelina Rosa nunca deveria estar superlotada, ao contrário, sempre deveria ter leitos disponíveis para proporcionar atendimento qualificado às pacientes de alto risco", enfatizou.
Sobre à reunião, Parente disse que começara ali uma nova etapa. “Começamos nesta reunião um processo de parceria com atores novos. Precisamos implantar aqui uma filosofia de trabalho qualificado e que ela passe necessariamente pelo reconhecimento da maternidade na prerrogativa de que sempre deveremos ter leitos de retaguarda", disse o médico. Ele defendeu que haja efetivamente regulação de leitos e que o processo seja implantado gradativamente, mas progressivamente objetivando tornar a MDER uma instituição hospitalar destinada ao recebimento de pacientes exclusivamente reguladas.
Durante o encontro, profissionais deram seus depoimentos em relação às suas rotinas de trabalho nos setores da Evangelina, apresentaram reivindicações e tiveram a oportunidade de contribuir para as medidas que serão tomadas pela Secretaria.