Servidores públicos federais do Piauí fizeram um protesto na sede da Superintendência Regional do Trabalho, localizada na Avenida Frei Serafim, nesta terça-feira (13). O grupo é contra o fim do Ministério do Trabalho e diz que com a extinção da pasta, os trabalhadores perderão direitos.
O ato foi motivado pelo anúncio do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de que a pasta perderá status de ministério a partir de 2019. Bolsonaro declarou que pretende incorporar o órgão, criado há 88 anos, "a algum ministério".
José Martins, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Piauí, diz que é importante que o presidente eleito reveja a decisão.
“É um órgão importante que defende os direitos dos trabalhadores e do mundo do trabalho como um todo. Ninguém sabe como vai ficar: onde vai ficar a fiscalização, onde vai ficar o atendimento, onde vai ficar a administração. Foi um ‘tiro’ principalmente no trabalhador da iniciativa privada”, disse.
Para o superintendente regional do trabalho no Piauí, Philippe Salha, é o Ministério do Trabalho que busca a conciliação e o equilíbrio de forças entre patrões e empregados, garantia justiça nas relações trabalhistas, o que pode ser prejudicado com o fim do órgão.
“Aqui se busca o equilíbrio entre as forças menos favorecidas com as mais favorecidas, buscando sempre o entendimento pelo diálogo, pela conversa. Torço para que assim como voltou atrás no caso do Ministério do Meio Ambiente, também volte atrás nesse caso”, disse.
Ele destacou que, mesmo atualmente e com atividades ininterruptas há 88 anos, o Ministério do Trabalho ainda passa dificuldades e precisa de mais investimentos.
“Hoje temos uma deficiência muito grande de servidores, no Brasil inteiro. Estamos na nossa unidade móvel emitindo carteiras de trabalho. Estamos cada vez mais crescendo e precisamos é de mais apoio para continuar o engrandecimento desse Ministério”, declarou.