Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Floriano, a 244 km de Teresina, reclamam das más condições de trabalho no município. Eles denunciam que as ambulâncias funcionam em estado precário e que o local que funciona como base do serviço enfrenta problemas estruturais. Dos cinco veículos do Samu de Floriano, apenas três estão em atividade.
Uma delas está com os trincos das portas lateral e traseira quebrados e somente é possível abrir se forem forçadas pela parte de dentro. Em outro veículo, o cinto da maca está quebrado e o ar-condicionado não funciona. Além de partes soltas por dentro, as ambulâncias também estão com os pneus desgastados. Recentemente, um pneu estourou com o veículo em movimento na entrada de Teresina.
“Fica difícil o trabalho, porque não tem a segurança do paciente e não tem a nossa segurança. É um descaso total”, desabafou a técnica de enfermagem Kellyene Rocha. No prédio do Samu da cidade, parte do forro do teto está desabando e um vazamento no ar-condicionado inunda a sala do alojamento dos técnicos.
Para aumentar a insatisfação, os servidores denunciam atrasos nos salários de dezembro, das férias e até das diárias das equipes que precisam acompanhar os pacientes até Teresina. Segundo os profissionais, a prefeitura não faz o pagamento das diárias desde agosto do ano passado. “Não recebemos nenhuma explicação do porque que atrasou”, disse o rádio operador Lourenço Carvalho.
Como forma de protesto, os servidores fixaram faixas na fachada do Samu. Procurado, o secretário de saúde de Floriano, Bigman Barbosa, informou que todas as deficiências estão sendo resolvidas e que a prefeitura procura manter os salários em dia com muitas dificuldades. Barbosa alegou ainda que desde agosto do ano passado a prefeitura não recebe o repasse financeiro do governo do estado e por isso o município tem arcado sozinho com todos os gastos do convênio.