Os servidores do judiciário estadual aceitaram proposta do Tribunal de Justiça do Piauí e colocaram fim a greve que já durava 11 dias. A categoria vai receber um reajuste de 7,07% no salário e mais 20% de aumento para verbas indenizatórias e auxílios saúde e alimentação. O encerramento ocorreu em reunião intermediada pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí.
“O movimento foi um dos mais vitoriosos da nossa história. Apesar do percentual não ser tão expressivo, as outras vantagens fizeram valer a pena. Tivemos ainda o compromisso da nova gestão de que, ao assumir, vai negociar sobre o plantão judicial e a instituição do banco de horas”, disse dando conta ainda que a data base do próximo ano será o mês de janeiro e não mais maio.
Ficou também acordado que os pontos referentes ao dias parados não serão descontados, bem como que o reajuste do salário passa a valer em maio, mas os aumento da verba indenizatória será retroativo a 1º de março.
No da 3 de março, o presidente do TJ, desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho, havia encerrado as negociações com os grevistas. Na oportunidade, o magistrado afirmou que os servidores queriam a inviabilização financeira do TJ. O sindicato negou a acusação.
Quem negociou o encerramento da greve foi o novo presidente eleito do TJ, desembargador Erivan Lopes.
Entenda o caso
Os servidores do judiciário e os Oficiais de justiça de 94 comarcas do Piauí entraram em greve por tempo indeterminado no dia 29 de fevereiro. Eles reivindicavam reajuste salarial de 10%, correção de 16% no valor do subsídio, além de 50% de correção nas parcelas indenizatórias e aumento no auxílio alimentação e plano de saúde.
De acordo com presidente Sindicato dos Servidores do Judiciário, Carlos Eugênio, a greve teve adesão de 90% dos 1.704 servidores efetivos. Durante o movimento apenas atendimentos emergenciais, como mandado de segurança, foram cumpridos.