S�rgio Cabral � condenado a 14

S�rgio Cabral � condenado a 14 anos e dois meses por corrup��o e lavagem de dinheiro.

Publicada em 13 de Junho de 2017 �s 16h29

O ex-governador do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral, foi condenado pelo juiz S�rgio Moro – respons�vel pelos processos da Opera��o Lava Jato em primeira inst�ncia – a 14 anos e 2 meses de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
A decis�o foi publicada no sistema da Justi�a Federal do Paran� por volta das 11h desta ter�a-feira (13). Veja a �ntegra da senten�a. Al�m desse processo, Cabral � r�u em outras nove a��es, que s�o analisadas no Rio de Janeiro.
A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, foi absolvida pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro por falta de prova suficiente de autoria ou participa��o.
A r� M�nica Carvalho, esposa de Wilson Carvalho, tamb�m foi absolvida pela mesma raz�o do crime de lavagem de dinheiro.
Veja os r�us condenados e os respectivos crimes
S�rgio Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro: corrup��o passiva, 12 crimes de lavagem de dinheiro – 14 anos e 2 meses de pris�o
Wilson Carlos Cordeiro de Silva Carvalho – secret�rio do governo do Rio de Janeiro na gest�o de Cabral: corrup��o passiva e dois crimes de lavagem de dinheiro – 10 anos e 8 meses de reclus�o
Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – s�cio do ex-governador S�rgio Cabral: corrup��o passiva e quatro crimes de lavagem de dinheiro – 12 anos de reclus�o
Cabral est� preso no Rio de Janeiro desde novembro de 2016. Atualmente, ele est� em um pres�dio em Benfica, onde ficava o antigo Batalh�o Especial Prisional (BEP), que foi recentemente reformado.
Wilson Carlos est� preso na Regi�o de Curitiba, tamb�m desde novembro. J� Carlos Miranda est� preso no Rio.
Al�m da pena de reclus�o, S�rgio Moro definiu que, pelo crime de corrup��o passiva, Cabral ter� que pagar 150 dias multa – cada dia multa corresponde a cinco sal�rios m�nimos vigentes em outubro de 2008. Pelos crimes de lavagem de dinheiro, o estipulado foi 100 dias multa – neste caso, cada dia multa corresponde a cinco sal�rios m�nimos vigentes em maio de 2014.

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"Considerando a dimens�o dos crimes e especialmente a capacidade econ�mica de S�rgio Cabral ilustrada pelo patrim�nio declarado de quase R$ 3 milh�es e, que considerando o examinado nesta senten�a, certamente � maior, fixo o dia multa em cinco sal�rios m�nimos vigentes ao tempo do �ltimo fato delitivo (05/2014)", disse o juiz sobre o crime de lavagem.
O G1 tenta contato com a defesa de Cabral e dos outros dois condenados, mas at� a �ltima atualiza��o desta reportagem n�o havia conseguido.
Bloqueio de bens
O juiz Moro determinou o bloqueio de valores equivalente a R$ 6.662.150,00 em bens dos condenados. Ele lembrou ainda que h� ind�cios de que contas banc�rias deles foram esvaziadas antes que fossem bloqueadas, no in�cio das investiga��es.
"N�o � poss�vel discriminar por ora os bens equivalentes a serem confiscados, uma vez que as medidas de sequestro at� o momento determinadas n�o foram bem sucedidas, inclusive pelo aparente esvaziamento das contas correntes dos condenados. A defini��o dos bens equivalentes a serem confiscados dever� ser feita na fase de execu��o", declarou o juiz.
Senten�a
Para S�rgio Moro, os atos de corrup��o e de lavagem de dinheiro s�o um fato "assustador", al�m de revelar a pr�tica sistem�tica de crimes graves de corrup��o.
"Os atos de corrup��o e lavagem reconhecidos na presente senten�a inserem-se em um contexto maior de pr�tica sistem�tica de infra��es penais pelo ex-governador e seus associados e que � ilustrado pelas cerca de nove a��es penais contra eles j� propostas na Justi�a Federal do Rio de Janeiro e igualmente encontra prova neste mesmo feito no sentido de que era cobrado um percentual de vantagem indevida em toda obra p�blica realizada no Estado do Rio de Janeiro”, afirmou S�rgio Moro.
Em caso de recurso, Cabral deve responder preso, assim como os outros condenados, de acordo com a senten�a de S�rgio Moro.
A den�ncia
De acordo com o Minist�rio P�blico Federal, S�rgio Cabral, Adriana Ancelmo e outros dois r�us – Carlos Miranda e Wilson Carlos – "se valeram do cargo do ex-governador para solicitar e receber vantagem indevida". Este fato, segundo os procuradores, � motivo para aumento de pena para os crimes de corrup��o.
Ainda conforme o MPF, o grupo teve envolvimento no pagamento de vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Cons�rcio Terraplanagem Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galv�o. A den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) foi aceita em dezembro do ano passado.
Os procuradores do MPF tamb�m destacam que S�rgio Cabral, em conjunto com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, foi o respons�vel por organizar as tratativas com os executivos da Andrade Gutierrez para solicita��o das propinas e, ainda, delegou a pessoas de sua confian�a o acerto quanto ao recebimento das vantagens indevidas.
Rog�rio Nora e Cl�vis Peixoto tamb�m foram denunciados pelo MPF e se tornaram r�us nesta mesma a��o penal pelo crime de corrup��o ativa. Entretanto, em janeiro de 2017, o MPF requereu a suspens�o do processo em rela��o aos dois, devido ao acordo de colabora��o premiada firmado com eles.

Tags: S�rgio Cabral � cond - O ex-governador

Fonte: globo �|� Publicado por: Claudete Miranda

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