O Senado do México aprovou, nesta quinta-feira (19), a legalização do uso da maconha no país para fins medicinais e recreativos, por 82 votos a favor, 18 contra e 7 abstenções.
A lei ainda será submetida à Câmara e depois precisa ser sancionada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador - que defende a descriminalização como parte de sua estratégia para combater o crime organizado.
Se isso acontecer, o país pode se tornar o terceiro no mundo a liberar a substância para uso recreativo, após Uruguai e Canadá - o México, porém, seria o maior mercado mundial legalizado.
O Movimento para Regeneração Nacional (Morena), que compõe o governo, e seus aliados contam com a maioria nas duas Casas Legislativas, o que deve garantir a aprovação.
A iniciativa proposta pelo Morena inclui, entre outros pontos, a criação do Instituto Mexicano para a Regulação e Controle da Cannabis, um órgão descentralizado da Secretaria de Saúde do país.
A nova entidade poderá emitir cinco tipos de licenças para controlar algumas das atividades relacionadas com o cultivo, transformação, venda, pesquisa, exportação e importação da maconha.
De acordo com a agência Reuters, os legisladores estão correndo para garantir a aprovação antes do final da atual sessão do Congresso, em 15 de dezembro.
Se aprovada, a lei permitirá o uso recreativo, científico, médico e industrial da cannabis, uma grande mudança no país onde a violência do cartel de drogas nos últimos anos já custou mais de 100 mil vidas.