Sem prêmio da Fifa, Neymar.
Neymar soube que não vai receber o prêmio da Fifa de melhor do ano, que ficará com Cristiano Ronaldo, Xavi ou Messi. Ele poderá se consolar, no entanto, com a Bola de Ouro do Campeonato Brasileiro, recebida nesta segunda-feira no Museu do Futebol, no Pacaembu. Organizadoras do evento, a revista Placar e a ESPN Brasil ainda montaram uma seleção da competição.
O time de estrelas do torneio tem Fernando Prass (Vasco), Mário Fernandes (Grêmio), Dedé (Vasco), Paulo André (Corinthians) e Juninho (Figueirense); Paulinho (Corinthians), Marcos Assunção (Palmeiras), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo e Montillo (Cruzeiro); Neymar (Santos) e Fred (Fluminense), cada com uma Bola de Prata.
De todos os premiados, só Mario Fernandes e Fred não compareceram ao Pacaembu. Neymar recebeu seu prêmio de "Melhor Atacante" das mãos de Jorginho, técnico do Figueirense e auxiliar de Dunga na Copa de 2010. O treinador aproveitou o momento para fazer um mea-culpa por não ter levado o santista à África do Sul.
"Já falei várias vezes em entrevistas. É indiscutível hoje o momento do Neymar. Para mim é o melhor do mundo. Tem uma qualidade técnica excepcional. Quero dizer de coração. Como auxiliar na seleção nós [ele e Dunga] dissemos que você não estava preparado. Hoje eu sei da sua importância para a seleção e do seu potencial. Você só tem conseguir as conquistas, que são importantes", disse Jorginho, diante de um agradecido Neymar.
O prêmio é baseado na média de notas distribuídas por todos os jogos pelos jornalistas dos veículos responsáveis. Neymar, melhor ranqueado entre todos, levou também a Bola de Ouro. Sua média foi de 6,81, a melhor desde 1998, quando Edilson ganhou a premiação defendendo o Corinthians.
A Bola de Prata de artilheiro do Brasileiro ficou com Borges, do Santos, que terminou o torneio com 23 gols marcados.
A festa no Pacaembu não tem nada a ver com o prêmio Craque do Brasileirão, oficial da CBF e que será entregue na noite desta segunda-feira. Além dos prêmios do campeonato nacional, a revista Placar também entregou sua Chuteira de Ouro, que premia o maior artilheiro do ano no futebol nacional, dando pesos diferentes a cada torneio disputado.
Neymar levou mais uma. Ele empatou com Leandro Damião com 78 pontos, mas levou vantagem no desempate por ter marcado pela seleção brasileira, que tem peso maior. É apenas a sétima vez na história da premiação (que existe desde os anos 1970) que um jogador vence a Bola de Ouro, a Bola de Prata e a Chuteira de Ouro na mesma temporada.