Piaui em Pauta

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Sem Neymar, Seleção brasileira revê time que mais o feriu

Publicada em 08 de Julho de 2014 �s 11h00


Imagem: Divulgação Em uma situação muito diferente do que esperava em uma semifinal da Copa do Mundo, o Brasil reencontra nesta terça-feira seu maior algoz recente. A mesma Alemanha que impôs a derrota mais contundente no atual ciclo é o penúltimo e maior obstáculo dos donos da casa na busca pelo hexacampeonato, justamente no momento em que lida com a perda de Neymar por lesão. O jogo no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, terá início às 17h (de Brasília). Ainda sob comando de Mano Menezes, o Brasil encarou os alemães em Stuttgart em agosto de 2011 e levou uma surra. O placar de 3 a 2 a favor dos donos da casa não traduziu uma superioridade absoluta, com 58% de posse de bola, diversas chances desperdiçadas e uma postura brasileira que fez o então treinador admitir que era preciso fazer mudanças profundas. Três anos depois o técnico mudou e a Seleção retomou a confiança com o título da Copa das Confederações sob comando de Felipão. Mas alguns jogadores permanecem no grupo: Thiago Silva, Júlio César, Daniel Alves, Luiz Gustavo, Ramires, Fernandinho e Fred. Pelo lado alemão Joachim Löw fez adaptações nestes três anos, mas a base do time e grande parte das caraterísticas foram preservadas, o que indica problemas ao Brasil. Neymar também estava em campo em Stuttgart, mas a fratura na vértebra sofrida nas quartas de final contra a Colômbia o tirou da Copa e colocou um ar imprevisibilidade no Brasil. Desde que Felipão assumiu a Seleção, em 2013, nunca o camisa 10 ficou de fora. A última lembrança de um time sem Neymar é do longínquo maio de 2012, em vitória por 3 a 1 sobre a Dinamarca com dois gols de Hulk. É inegável a importância de Neymar para o time, mas sua ausência pode ter impactos postivos. Os jogadores admitiam com naturalidade que, em momentos de dificuldade, a saída era procurar o camisa 10. Agora as soluções terão de ser coletivas, e jogadores como Oscar e Hulk devem ter mais chances de aparecer em momentos de decisão. “O Neymar é uma das nossas referências e não vai estar presente. Mas temos outros 22 jogadores escolhidos a dedo e sabem que são especiais. O que é ser reserva? É alguém especial para um momento especial. Isso é ser reserva da Seleção. Não estar jogando e entrar. E quando entra alguém em determinando momento do jogo, pode ser mais especial do que aquele que está jogando. Vamos sentir muito a competitividade e a forma como o Neymar jogava", disse. Felipão não deixou claro qual será a alternativa e testou várias formações. Existem duas mais prováveis: uma deixando a equipe mais compacta no meio-de-campo com Paulinho entre os três volantes, outra com Willian no lugar de Neymar preservando o sistema utilizado. Thiago Silva, suspenso, não joga e será substituído por Dante. Maicon e Daniel Alves disputam vaga na lateral direita. Se em um primeiro momento a lesão de Neymar foi tratada como um pesadelo, o Brasil agora lida com uma situação inusitada. Uma eventual derrota para a Alemanha perde peso sem a presença de seu astro. Para os olhos da crítica e torcida, uma derrota diante dos alemães seria encarada com mais naturalidade, mesmo em Copa disputada em casa. A situação contrasta com a Alemanha, que chega à semifinal pela quarta vez consecutiva pressionada por derrotas nesta fase em 2006 e 2010. A atual geração ainda fracassou nas últimas duas Eurocopas e a atual edição do Mundial é vista coma a última chance de consagração para nomes como Lahm, Klose e Schweinsteiger. Na atual Copa, os alemães passaram por momentos difíceis até chegar a semifinal, a exemplo do que aconteceu com o Brasil. Depois de uma estreia convincente contra Portugal, a seleção passou apuros com Gana, venceu apertado os Estados Unidos e só bateu a Argélia na prorrogação. Na última aparição, nas quartas de final diante da França, o técnico Joachim Löw mudou o time com as entrada de Lahm e Klose, e a Alemanha apresentou um futebol diferente do habitual, com menos posse de bola. Com alguns sustos, venceu por 1 a 0. Contra o Brasil a expectativa é de que aos alemães retomem o estilo mais cadenciado. Em comparação ao rival desta terça-feira, a diferença em troca de passes e posse de bola é abissal. Por outro lado o time de Felipão é muito mais faltoso e com mais pegada, o que preocupa Joachim Löw. "No jogo com a Colômbia aquilo foi uma luta com várias faltas e não apenas aquela contra o Neymar. Muitas faltas que aconteceram. Foram 38, 39 minutos de jogo apenas de tantas faltas que ocorreram. Eu não acho que esse jogo pode parar toda hora. Acho que os torcedores não gostam disso", afirmou.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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