Sem mais espa�o para erros, Brasil trava jogo mental com Chile

Publicada em 28 de Junho de 2014 �s 12h30

A partir de agora, n�o h� mais espa�o para erros. O Brasil come�a a disputa do mata-mata de uma Copa do Mundo em casa, 64 anos depois da derrota na final do Maracan�, consciente de que ir� conviver entre a gl�ria e o fracasso a cada 90 minutos, ou 120 em caso de prorroga��o. E o primeiro obst�culo � o Chile, advers�rio que reservar� ao Brasil um jogo cheio de testes mentais a partir das 13h (de Bras�lia), no Est�dio do Mineir�o, em Belo Horizonte. Pelo lado dos brasileiros, al�m da press�o natural de n�o decepcionar em casa, existe a preocupa��o de enfrentar um time que apresenta variantes t�ticas e escondeu o jogo ao longo da semana. O Brasil treinou para enfrentar uma linha de tr�s zagueiros na quinta, assim como os chilenos fizeram nas �ltimas duas partidas, mas Jorge Sampaoli n�o revelou se optar� pelo esquema da estreia contra a Austr�lia, no 4-4-2. O troco vem tamb�m em mist�rio. Diferentemente do que costuma fazer, Luiz Felipe Scolari s� vai revelar os titulares minutos antes do jogo. Parte por estrat�gia, parte por problema. David Luiz sentiu dores nas costas nos �ltimos dois dias e � d�vida. Fernandinho ganhou a vaga de Paulinho para melhorar a transi��o entre meio-campo e ataque, mas a presen�a de Maicon no lugar de Daniel Alves para ajustar a marca��o na lateral, testada em treino, ainda � incerta. “Vamos pressionar e defender. Vamos montar a equipe conforme o nosso padr�o. Vamos montar a nossa equipe baseado naquilo que queremos. Se der certo ou errado, temos alternativas de como nos comportar nas situa��es”, afirmou o t�cnico Luiz Felipe Scolari. Uma das apostas brasileiras ser� na bola a�rea. O Chile tem m�dia de altura de 1,75 m, a mais baixa da Copa. O Brasil tem 1,81 m, mas at� agora n�o conseguiu sucesso em bolas levantadas na �rea. A guerra psicol�gica envolveu ainda a press�o em cima da arbitragem. Alexis Sanchez admitiu que um poss�vel favorecimento ao time da casa preocupa, a imprensa chilena repercutiu e teve reposta oficial da CBF. “Respeitem a Sele��o”, disse o assessor Rodrigo Paiva em meio � entrevista de Felip�o. �rbitro da final da Copa, o ingl�s Howard Webb apitar� o jogo neste s�bado. Hist�rias para serem mudadas O presidente da CBF, Jos� Maria Marin, disse com todas as letras antes do Mundial: “se perdermos, vamos todos ao inferno”. Luiz Felipe Scolari sempre apresentou um discurso de confian�a com o hexacampeonato, colocando o Brasil como favorito. Por�m, antes de iniciar a fase de mata-mata, o treinador tentou tirar um pouco do peso desta cobran�a dizendo que ningu�m vai se atirar de um po�o caso o Pa�s fracasse pela segunda vez em um Mundial em casa. “Claro que n�o ficaremos satisfeitos de n�o seguirmos em frente, estamos trabalhando. Mas do outro lado tem oponente que faz trabalho com qualidade. Se forem melhores que n�s, n�o podemos ficar com a cabe�a baixa. N�o pode se jogar no po�o, tem de seguir a vida e temos de valorizar o advers�rio”, disse. Por�m, uma derrota para o Chile na vis�o do torcedor passional deixar� a Sele��o em um situa��o mais pr�xima da visualizada por Marin, a caminho de um inferno de cr�ticas. O rival mostrou for�a ao eliminar a Espanha e vive �tima fase, mas contra o Brasil venceu apenas sete de 68 partidas no confronto direto, sofreu tr�s derrotas categ�ricas em Copas e n�o ganha desde 2000. O bloqueio psicol�gico no confronto foi combatido durante toda a semana pelos chilenos. Valdivia disse que a hist�ria est� nos museus e o goleiro Bravo v� muito a perder em caso de derrota. A promessa � de valentia e ousadia para derrubar a freguesia. Para isso, toda uma prepara��o foi feita. Com a vaga � Copa garantida, encarou Inglaterra, Espanha e Brasil em amistosos. O bloqueio contra os brasileiros continuou com uma derrota por 2 a 1 em novembro de 2013, em Toronto. “A experi�ncia que os jogadores viveram � importante. Tenho um grupo de jogadores que tenha convic��o do que faz, tem jogadores com pouca idade e est�o fazendo um Mundial impressionante. Hoje o mais importante � como os jogadores chegam para jogar, como a proposta pode ser respeitada em 90 minutos enfrentando um rival que � candidato a ganhar a Copa”, disse Sampaoli. Brasil e Chile se enfrentaram nas oitavas de final da Copa de 2010 tamb�m, quando ainda eram dirigidos por Dunga e Marcelo Bielsa. Dos times que estiveram em campo os brasileiros mudaram mais, com apenas J�lio C�sar como remanescente entre os titulares. No Chile s�o cinco. Brasil x Chile ser� disputado �s 13h (de Bras�lia) em Belo Horizonte sob forte calor. O clima quente deve se transferir para as arquibancadas, com maioria brasileira, mas grande n�mero de chilenos. S�o esperados 30 mil na cidade.

� Siga-nos no Twitter

Tags:

Fonte: Vooz �|� Publicado por:

Comente atrav�s do Facebook

Mat�rias Relacionadas