Funcionários do Instituto Médico Legal de Teresina (IML) resolveram pegar os colchões e dormir no estacionamento depois que o local ficou sem energia elétrica. Segundo o médico legista João Bosco, o abastecimento foi interrompido no final da noite de quarta-feira (2) e ainda por conta do problema, três corpos deixaram de ser liberados e exames de presos da Central de Flagrantes não foram feitos.
"Eu estava terminando a perícia de um corpo por volta das 23h45 de quarta-feira, quando o transformador estourou. Tudo ficou às escuras e não tivemos como continuar o trabalho e por causa do calor alguns funcionários colocaram colchões no estacionamento. Outros dois corpos ainda chegaram e foram levados direito para o necrotério, porque não tinha o que ser feito. O delegado da Central de Flagrantes também ligou querendo perícia em presos, mas tivemos que negar atendimento", contou.
O legista relatou que seis funcionários estavam de plantão e comunicaram sobre o incidente ao diretor. Em seguida, ligaram para a Eletrobras Distribuição Piauí e foram informados que o atendimento só poderia ser feito com o número do Cadastro de Pessoa Jurídica do IML.
"Como eu vou saber estes dados do Instituto e no escuro? O prédio conta com um gerador que não funciona. Infelizmente tivemos que passar por uma situação dessa", declarou.
O diretor do IML, Marcos Santos, informou ao G1 que o gerador não disparou e quando ele funciona fornece energia somente para os principais setores do prédio. A energia só retornou por volta das 8h30 desta quinta-feira (3).
Nota
A Eletrobras informou que a falta de energia no IML se deu por causa de um curto-circuito nas instalações internas do prédio, que ocasionou a queima do elofuzivél (equipamento de proteção do sistema da rede de distruição de energia).
A empresa alegou que assim que soube do caso, deslocou uma equipe para o IML e fez a troca do equipamento na manhã desta quinta-feira.