O inspetor Tony Carlos, da PRF, negociou com os manifestantes e estes concordaram em liberar uma das faixas para que os automóveis possam circular. Os populares afirmaram que só vão abrir a pista após o líder do movimento, Zé da Cruz, conversar com o presidente da Agespisa, Antonio Filho.
Os manifestantes também distribuíram flores e entregaram ao inspetor.
Munidos com faixas e cartazes, os manifestantes reivindicam melhorias no abastecimento de água, luz elétrica e mais postos de saúde na sua região. O líder comunitário José da Cruz Araújo, diz que a população está sofrendo diariamente com esses problemas. "Todo dia falta água. Queremos ter uma audiência com o presidente da Agespisa, Antonio Filho, para que ele resolva isso", pontua.
Além de adultos, também estão presentes crianças e idosos.
Manifestantes queimam pneus na ponte Juscelino Kubitschek, que une as avenidas Frei Serafim e João XXII. O trânsito no sentido zona leste-centro está bastante engarrafado e a Polícia Rodoviária Federal se dirige até o local.
A dona de casa Lucilene Ferreira afirmou que sua casa no Parque da Vitória está há dois meses sem água e 24 horas sem energia. Ela foi para a manifestação com um ventilador, que teria queimado por conta da oscilação elétrica. "Estamos pegando água no Mário Covas com a ajuda de vizinhos. Do jeito que está, não pode ficar".
Assis Mascarenhas disse que a falta de água no Mário Covas já se tornou algo constante e as famílias estão com dificuldade para obter o produto até para consumo humano. "A situação só piora", disse o morador, justificando a manifestação.
A Polícia Militar reforçou a segurança na área. Por volta de 11h15min, foi anunciado que uma comissão de manifestantes será recebida pelo presidente da Agespisa.