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Seis motivos que ajudam a entender por que Dunga voltou a seleção brasileira

Publicada em 21 de Julho de 2014 �s 18h00


Gilmar Rinaldi, novo coordenador de futebol da CBF, concede entrevista coletiva na sede da entidade na Barra da Tijuca Gilmar Rinaldi, novo coordenador de futebol da CBF, concede entrevista coletiva na sede da entidade na Barra da Tijuca A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) agendou para 11h da próxima terça-feira (22) a apresentação do novo técnico da seleção brasileira. Esse será o reinício da trajetória de Dunga no comando da equipe nacional, que ele já havia dirigido entre 2006 e 2010. Escolha pouco cotada, o comandante foi conduzido ao cargo por seis motivos. Imagem: Domingos/Mowa PressGilmar Rinaldi, novo coordenador de futebol da CBF, concede entrevista coletiva na sede da entidade na Barra da Tijuca A lista de fatores que levaram Dunga de volta ao cargo é baseada numa combinação entre o perfil dele, o bom relacionamento com o coordenador-técnico Gilmar Rinaldi, as exclusões de outros cotados e o retrospecto do ex-treinador na equipe nacional. Veja abaixo alguns aspectos que levaram a CBF a escolher Dunga: 1 - A CBF queria um treinador com perfil linha dura A análise da cúpula da CBF é que a seleção que disputou a Copa de 2014 esteve muito exposta em alguns momentos. Com autorização da entidade, amigos e patrocinadores visitaram a concentração em muitos momentos. Na véspera do jogo contra a Alemanha, por exemplo, havia convidados no hotel do Brasil até 22h. A avaliação da CBF é similar ao que a cúpula identificou na equipe em 2006, em Weggis (Suíça), onde o Brasil se preparou para disputar a Copa da Alemanha. Na época, a entidade também achou que a contratação de um técnico linha dura era a reação ideal. Isso levou Dunga ao comando da equipe nacional. Agora, também pesou a análise de Gilmar Rinaldi, novo coordenador-técnico da seleção. Segundo pessoas próximas, a visão que ele tem de futebol tem como premissa o comprometimento dos atletas. A avaliação da CBF é que esse era um ponto muito positivo na seleção de Dunga. 2 - Exclusões de Alejandro Sabella, Tite e Muricy Ramalho Antes de escolher Dunga, a CBF chegou a flertar com Alejandro Sabella, técnico que comandou a Argentina na Copa de 2014. O treinador foi assediado por José Maria Marin, presidente da entidade brasileira, na cerimônia em que recebeu premiação pelo vice-campeonato do Mundial. Segundo o blog do jornalista Rodrigo Mattos, Sabella não aceitou sequer iniciar conversa. O treinador alegou que queria descansar e ficar com a família, e ainda disse que queria definir antes a situação com a AFA (Associação de Futebol Argentino). Imagem: Divulgação A lista de fatores que levaram Dunga de volta ao cargo é baseada numa combinação de diversos fatores. Outros nomes, como Tite e Muricy Ramalho, foram excluídos pela CBF antes de qualquer conversa. No caso de Tite, o veto deve-se à ligação com Andrés Sanchez, principal adversário político de Marin e Marco Polo del Nero, que assumirá em 2015 a presidência da CBF. Andrés contratou Tite no Corinthians em 2010 e bancou a permanência dele até nos piores momentos. A pessoas próximas, Marin admitiu que a rejeição ao treinador é motivada por isso. O veto a Muricy Ramalho é baseado em dois fatores: ele já recusou o cargo em 2010, antes da contratação de Mano Menezes, e a avaliação da CBF é que o atual comandante do São Paulo faria muitas exigências para assumir a seleção. 3 - Gilmar Rinaldi tem bom relacionamento com Dunga Apresentado na semana passada como o novo coordenador-técnico da seleção brasileira, Gilmar Rinaldi é um dos responsáveis pelo retorno de Dunga ao comando da equipe. O novo gestor é amigo do treinador desde a época em que ambos eram atletas. Gilmar era goleiro reserva da seleção brasileira na Copa de 1994, quando Dunga foi capitão do time que conquistou o quarto título mundial da história do país. Os dois não convivem com assiduidade, mas têm boa relação desde aquela época. 4 - A CBF aprovou os resultados da seleção com Dunga O Brasil de Dunga foi sexto colocado na Copa de 2010, pior posição da seleção desde o nono lugar de 1990. Ainda assim, a CBF considera os resultados como argumentos favoráveis ao retorno do treinador. Antes da Copa, a seleção de Dunga venceu a Copa América de 2007, disputada na Venezuela, e a Copa das Confederações de 2009, na África do Sul. Além disso, o treinador obteve uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. O desempenho do Brasil na Copa de 2010 ainda foi considerado satisfatório pela CBF. A seleção de Dunga foi a primeira colocada em seu grupo e avançou com tranquilidade às quartas de final. No jogo em que foi eliminada, contra a Holanda, a equipe nacional ainda fez bom primeiro tempo e chegou a estar vencendo por 1 a 0. 5 - Dunga tem experiência em Eliminatórias A seleção brasileira terá até 2018 um ciclo muito mais movimentado do que os últimos quatro anos. O país voltará a disputar as Eliminatórias, e a experiência de Dunga nessa competição foi um fator que pesou para o retorno do treinador. Como era sede da Copa de 2014, o Brasil não precisou passar pela qualificação. O país disputou um total de nove jogos de competição entre os dois últimos Mundiais – metade do tamanho das Eliminatórias Sul-Americanas, que têm 18 rodadas. O Brasil de Dunga conseguiu nove vitórias, sete empates e duas derrotas nas Eliminatórias para a Copa de 2010. Foi o time com melhor campanha na América do Sul, com o melhor ataque (33 gols feitos) e a melhor defesa (11 gols sofridos), e ainda conseguiu resultados expressivos (vitória por 3 a 1 sobre a Argentina em Rosário, por exemplo). 6 - Dunga não é um alvo de Romário O ex-jogador e atual deputado federal é um dos principais opositores da atual gestão da CBF. Na semana passada, ele atacou duramente a escolha de Gilmar Rinaldi para o cargo de coordenador-técnico. "Só pode ser uma destas duas coisas: sacanagem ou pegadinha", escreveu o Baixinho em uma rede social. Romário também fez críticas incisivas à seleção quando a equipe era comandada por Mano Menezes, mas tem bom relacionamento com Dunga – os dois e Gilmar foram companheiros na seleção que conquistou a Copa de 1994.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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