Segundo Ipea, Dilma inflou dado sobre diminui��o da mis�ria

Publicada em 12 de Junho de 2014 �s 07h14

�A presidente Dilma Rousseff usou n�meros inflados sobre a redu��o da mis�ria no Brasil em seu pronunciamento de r�dio e TV sobre a Copa do Mundo. Dados do pr�prio governo p�em em xeque a afirma��o de que, "em uma d�cada", foram retirados "36 milh�es de brasileiros da mis�ria", apresentada na mensagem presidencial da ter�a-feira (10). saiba mais Oposi��o entra em obstru��o na C�mara contra conselhos populares Alves e Renan pressionam Dilma por retirada de decreto Forbes coloca Dilma Rousseff em 4� lugar entre mulheres mais poderosas Governo institui Pol�tica de Participa��o Social Dilma: agroneg�cio ter� mais de R$ 156 bilh�es para a pr�xima safra Leia mais sobre Dilma Rousseff Estudo publicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada, vinculado ao Pal�cio do Planalto) aponta que, de 2002 a 2012, o n�mero de miser�veis (ou extremamente pobres) caiu de 14,9 milh�es para 6,5 milh�es.� � �Trata-se, portanto, de uma queda de 8,4 milh�es no n�mero de pessoas que vivem na mis�ria ao longo dos primeiros dez anos da administra��o petista, abaixo da cifra mencionada por Dilma. Publicado em outubro, o documento informa que o c�lculo seguiu o par�metro adotado na maior parte das estat�sticas oficiais: a linha de renda mensal at� R$ 70, definida em 2011. Para os demais anos, o valor foi corrigido pela infla��o. Outras metodologias citadas no texto do Ipea tamb�m chegam a n�meros muito inferiores aos do pronunciamento da presidente. At� com uma renda mensal de R$ 140, definidora da pobreza mais ampla, o contingente cai de 41 milh�es para 15,7 milh�es de brasileiros na d�cada, uma diferen�a de 25,3 milh�es. OUTRA CONTA O n�mero apresentado por Dilma repete o apurado em outra conta, divulgada no ano passado pelo Minist�rio do Desenvolvimento Social, que n�o mediu a evolu��o da mis�ria ao longo do per�odo citado no pronunciamento da presidente ao pa�s. "Em 2011, havia 36 milh�es de pessoas, benefici�rias do Bolsa Fam�lia, que estariam na mis�ria caso sobrevivessem apenas com sua renda familiar", segundo afirma um balan�o do programa Brasil Sem Mis�ria. A cifra, portanto, saiu de uma subtra��o hipot�tica dos benef�cios do programa Bolsa Fam�lia da renda de sua clientela em um determinado momento –e n�o da compara��o entre a quantidade de miser�veis antes e depois do programa. Segundo o Minist�rio do Desenvolvimento Social, ainda restavam, naquele ano, 22 milh�es de benefici�rios abaixo da linha de mis�ria. Com o Brasil Sem Mis�ria e o Brasil Carinhoso, que, na pr�tica, s�o amplia��es da a��o do Bolsa Fam�lia, esse grupo deixou a extrema pobreza, diz o governo federal. O Pal�cio do Planalto e o Minist�rio do Desenvolvimento Social defenderam o crit�rio. A pasta afirma que os dados foram retirados do cadastro �nico utilizado nas pol�ticas de assist�ncia, no qual est�o registrados os brasileiros de baixa renda. A defesa n�o contesta as conclus�es do Ipea, baseadas na pesquisa por amostra de domic�lios realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica). De acordo com a mensagem enviada pelo governo, as pesquisas do IBGE captam a pobreza "em um ponto determinado do tempo", enquanto o cadastro �nico mensura "o contingente daqueles que est�o ou estar�o na pobreza em um determinado intervalo de tempo". "O cadastro � a �nica fonte que, al�m de mensurar, permite ao poder p�blico agir para a redu��o da pobreza, nas v�rias dimens�es em que ela se manifesta", diz o texto do minist�rio.�

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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