Publicada em 20 de Janeiro de 2016 �s 12h11
A Secretaria da Fazenda do Piauí (Sefaz-PI) e o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) vão atuar juntos na fiscalização de empresas que não emitem o CPF na nota. O número do documento no cupom fiscal é imprescindível para que o consumidor receba o ICMS de volta daquele estabelecimento que teve incremento em sua receita, além de participar dos sorteios da Nota Piauiense. Em reunião realizada nesta quarta-feira (20) ficou acertada a realização de uma audiência pública com representantes do comércio varejista. Na ocasião, será assinado um termo de cooperação entre os dois órgãos.
Participaram do encontro na sede do Procon, o coordenador do órgão, promotor Nivaldo Ribeiro; o superintendente da Receita da Sefaz, Antonio Luiz Soares; o coordenador da Nota Piauiense, Cecílio Santos; a diretora de Administração Tributária da Sefaz, Graça Ramos, e o diretor da Unidade de Atendimento, Paulo Roberto de Holanda.
Para o coordenador do Procon, a fiscalização das empresas também é atribuição do órgão. Ele promete uma atuação eficaz na defesa do consumidor. “A fiscalização é uma atribuição do Procon. Vamos fazer um trabalho, inclusive colocando a fiscalização na rua. Vamos fazer um termo de cooperação com a Secretaria da Fazenda para realizar um trabalho mais efetivo em defesa do consumidor”, declarou Nivaldo Ribeiro.
Segundo ele, qualquer pessoa que se sentir prejudicada pode, além de procurar a Sefaz, acionar o Procon. “O consumidor pode dar informações de qual comércio não está emitindo a nota e vamos mandar a fiscalização para fazer autuação, a partir daí começa o procedimento”, alerta o coordenador do Procon.
Nivaldo Ribeiro ressalta que, antes das autuações começarem, será feita uma audiência pública de conscientização dos estabelecimentos que participam da Nota Piauiense. No caso, o comércio varejista. “Vamos aguardar a Sefaz dizer quais os órgãos devem participar da audiência pública de conscientização para, após esse procedimento, colocar a fiscalização na rua”, declarou o promotor, ressaltando a importância da Nota Piauiense.
“O programa é bom para o consumidor, que algumas vezes só sofre punição. Tudo que tem aumento repassa para o consumidor e esse programa é um fato bom para beneficiar o consumidor em alguma coisa”, afirma Nivaldo.
O superintendente da Receita da Sefaz disse que todas as denúncias que chegarem à Secretaria também serão enviadas ao Procon. Ele ressalta que a parceria torna a fiscalização mais rigorosa. “Teremos ações mais rigorosas para forçar o contribuinte que nega a emissão da nota fiscal ou nega a transmissão de arquivos para a Fazenda. Além da Sefaz, agora teremos uma ação a mais do Procon. Isso vai melhorar muito este trabalho e vai reduzir o problema de não emissão de nota”, explica Antonio Luiz Soares.
Empresas que forem flagradas não emitindo a nota fiscal estarão sujeitas a multas tanto de acordo com o Código do Consumidor, como aplicadas pela própria Sefaz. “A multa é de acordo com o Código do Consumidor e pode variar conforme o porte da empresa. Temos a multa da Sefaz de R$ 1 mil por documento não emitido e o Procon tem a multa deles que varia de R$ 500 até milhões de reais”, finalizou o superintendente da Receita.
Para ter direito aos créditos do ICMS de volta e participar dos sorteios da Nota Piauiense, o consumidor deve realizar o cadastro no site do programa . Já são mais de 111 mil cadastros feitos em pouco mais de 6 meses. O próximo sorteio será na semana que vem.