O secretário estadual de Justiça, Henrique Rebêllo, em entrevista ao Jornal do Piauí, comentou o episódio da rebelião na penitenciária José de Deus Barros. Segundo ele, o motivo do ato, que envolveu cerca de 250 presos, foi uma portaria que restringiu a entrada de alimentos levados por familiares aos detentos.
“Quando o estado não pode bancar, as famílias podem fornecer alimentos, mas este não é o caso do Piauí. O que fizemos (com a portaria) foi frear a entrada desenfreada de alimentos”, justifica. Rebêllo diz ainda que houve danos ao patrimônio publico, com grades e cadeados quebrados no presídio, entretanto, o secretário diz que a política de rigidez será mantida em todas unidades prisionais do Estado. A rebelião só foi contida por conta da intervenção dos promotores Eloí Pereira e Flávio Teixeira.
Não houve refém ou agressões, a situação está sob controle. As medidas vão prevalecer. É preciso que se diga que uma penitenciária não é um hotel, é uma casa de detenção. As pessoas de lá precisam ser guardadas e ressocializadas”, pontua. Rebêllo acrescenta que os familiares chegaram a levar celulares e drogas junto com os alimentos.
Superlotação
O secretário Henrique Rebêllo admitiu que há presos acima da capacidade dos presídios piauienses, mas que nenhuma rebelião causou vítimas. “Sabemos da superlotação e temos projetos aprovados em Brasília onde traremos R$ 30 milhões em presídios em Floriano, Esperantina, Parnaíba, Irmão Guido, Penitenciária. Os investimentos estão acontecendo”, garante.
“O sistema prisional sempre terá problemas, felizmente no Piauí não temos tido rebeliões ou violências e mortes. Temos tido esse cuidado”, finaliza.