A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) orientou aos municípios piauienses que as gestantes procurem seus médicos e façam avaliação sobre o uso ou não da vacina Oxford/AstraZeneca.
A decisão se deu após Nota Técnica emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre a necessidade de suspender imediatamente a vacinação de gestantes com o imunizante. Na capital, a Fundação Municipal de Saúde seguiu a Anvisa e suspendeu a aplicação do imunizante em gestantes.
Segundo o superintendente de Atenção à Saúde Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães, a secretaria aguarda um documento oficial do Ministério da Saúde, sobre os procedimentos a serem adotados em relação à vacinação das gestantes.
“Neste caso é bastante preventivo que as gestantes possam definir com o seu médico a melhor maneira na condução desta vacinação”, disse o superintendente.
De acordo com a Sesapi, a Coordenação Geral do Plano Nacional de Imunização também vai emitir, ainda nesta terça-feira, um comunicado com mais detalhes sobre as orientações a seguir, pelos municípios.
A Sesapi não informou ainda quantas gestantes receberam o imunizante no estado.
A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina da AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Esta recomendação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas contra a Covid-19 em uso no país.
A Anvisa, no entanto, não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil. A vacina vinha sendo usada, em alguns estados, em gestantes com comorbidades. Agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a CoronaVac e a vacina da Pfizer.
Segundo a Nota Técnica da Anvisa, o uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina por gestantes sem orientação médica.