Santos abre governo para partidos em busca da paz

Publicada em 17 de Junho de 2014 �s 18h20

Presidente reeleito da Colômbia, Juan Manuel Santos: proposta ganha força com reeleição. O presidente reeleito da Col�mbia, Juan Manuel Santos, apresentou nesta segunda-feira as bases de seu segundo per�odo de governo: uma plataforma aberta a todas as for�as pol�ticas para trabalhar "com mais intensidade" nos processos de paz com as guerrilhas. Imagem: Jose Miguel Gomez/ReutersClique para ampliarPresidente reeleito da Col�mbia, Juan Manuel Santos: proposta ganha for�a com reelei��o. Apesar da proposta n�o ser nova, j� que o chefe de Estado havia anunciado essa disposi��o durante toda a campanha, ela ganha for�a porque, uma vez reeleito, deve come�ar a formar o novo governo e responder ao grande apoio eleitoral da esquerda, em um pa�s polarizado com a oposi��o comandada pelo ex-presidente �lvaro Uribe (2002-2010). Na primeira entrevista coletiva ap�s seu triunfo eleitoral, Santos respeitou que os partidos de esquerda que o apoiaram com o pretexto de atingir a paz decidam ficar na oposi��o, mas afirmou que "se amanh� quiserem fazer parte do governo, estaremos com as portas abertas". Ap�s a derrota no primeiro turno no dia 25 de maio contra o candidato do Centro Democr�tico (a plataforma pol�tica de Uribe), �scar Iv�n Zuluaga, Santos colheu a ades�o de for�as pol�ticas opostas a sua ideologia que o ajudaram a alcan�ar a vit�ria no segundo turno, no �ltimo domingo, com 50,95% dos votos, contra 45% de seu rival. Santos estendeu seu convite para a paz a "todos os colombianos, n�o importa de que partido pol�tico sejam", inclusive Zuluaga e seu grande opositor, o ex-presidente e senador eleito �lvaro Uribe, que acusou o governante reeleito de compra de votos. Mas, ap�s quatro anos de cont�nuos enfrentamentos verbais e uma das campanhas mais sujas da Col�mbia, Santos evitou brigar com o ex-presidente e se limitou a dizer um breve: "certamente, Uribe, que se junte � paz". De fato, refor�ou sua mensagem de reconcilia��o feita no discurso da vit�ria no domingo, quando disse n�o ter inimigos, nem guardar rancor, ao deixar claro que com o t�rmino das elei��es, a Col�mbia virou "a p�gina do �dio". Por isso, o presidente interpretou o apoio de mais de 7 milh�es de colombianos como um mandato que o obriga a "dar sua alma e vida" para o di�logo com as For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc) em Havana e as conversas com o Ex�rcito de Liberta��o Nacional (ELN). O presidente tamb�m tinha antecipado em seu discurso da vit�ria que seu novo mandato ser� cheio de "profundas reformas" e, entre elas, mencionou hoje o fim da reelei��o, da qual - paradoxalmente - acaba de se beneficiar nas urnas. A ideia � eliminar essa possibilidade, que surgiu na pol�tica colombiana atrav�s de uma reforma constitucional para favorecer a reelei��o de Uribe em 2006 e, em troca, ampliar o per�odo presidencial de quatro para "cinco ou seis anos", segundo o que for decidido no Congresso. As elei��es parlamentares de mar�o desenharam um mapa no qual a coaliz�o do governo de Santos, a Uni�o Nacional, tem a maioria com 47 senadores e 91 representantes na C�mara, frente aos 20 senadores e 12 representantes do Centro Democr�tico, a principal for�a de oposi��o. O presidente reeleito j� tinha mencionado essa possibilidade durante seu primeiro governo, quando disse que preferiria governar por mais dois anos, ao inv�s de ser reeleito, mas, com a paz no meio do caminho, decidiu buscar um segundo mandato. Santos chegou a dizer que a paz era sua "obsess�o" e a chave para a justi�a social e o desenvolvimento do pa�s e que tem, al�m disso, implica��es geopol�ticas. Os demais l�deres latino-americanos, reconheceu, apoiam sua iniciativa e por isso pretende manter rela��es mais pr�ximas com seus vizinhos e tamb�m com os Estados Unidos, cujas rela��es estrat�gicas podem sofrer mudan�as a partir de uma eventual paz negociada. "Se conseguirmos concretizar esse processo de paz, estaremos fechando um ciclo com o fortalecimento da democracia. Seria a chave de ouro" do Plano Col�mbia, disse sobre o programa de coopera��o com os EUA, implementado em 2002 para acabar com o narcotr�fico e as guerrilhas pela via militar. Encerrar a persegui��o dos grupos armados ilegais abriria uma porta para o financiamento do p�s-conflito, como j� come�ou a acontecer, conforme disse o presidente reeleito, que receber� a partir de amanh� em Bogot� o vice-presidente americano, Joseph Biden, para revisar, entre outros assuntos, os alcances do programa.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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