Publicada em 06 de Junho de 2013 �s 17h14
A 11ª edição do Salão do Livro do Piauí (Salipi), aberta no último domingo (2), vem atraindo um público cada vez maior. Além de pessoas de todas as idades e das caravanas de estudantes vindas das escolas públicas e privadas da capital, também estão prestigiando o evento grupos de alunos de outros municípios do Estado. Como é o caso da professora de Língua Portuguesa, Meire Queiroz, que trouxe para o Salipi, nesta quinta-feira (6), um grupo de estudantes do 9º ano da Escola Pública Jacob Barbosa, do município de Curralinhos, distante 60 quilômetros de Teresina.
“Viemos passar o dia. Um evento assim é muito importante e precisa ser visto e aproveitado por todo mundo”, afirma Meire.
Pela primeira vez no Salipi, Valdenir Silva, 15 anos, também de Curralinhos, surpreende ao relevar a paixão pela literatura de cordel e admitiu que entre as suas estórias preferidas estão a do "Seu Lunga", personagem nordestino conhecido pelo seu temperamento zangado. “Aprendi a gostar de cordel com um tio meu que sempre compra e leva lá pra casa. Um dos que mais gosto é do Seu Lunga que é muito engraçado”, disse. A estudante gostou tanto da feira que pretende voltar ao Salão nos proximos dias, só que agora acompanhada da família.
Mas não apenas professores e alunos se encantam com o Salipi. O escritor e estudioso do cangaço, João de Sousa, conterrâneo da lendária Maria Bonita e um dos convidados do Bate-Papo Literário promovido pelo Salão nesta sexta-feira (7), mal chegou ao Complexo da Praça Pedro II, e logo se viu envolvido pela atmosfera cultural do evento. “Estou muito feliz de estar aqui, principalmente, porque vi muitos jovens pela feira. Ver essa juventude toda, andando e comprando livros me deixou maravilhado”, entusiasma-se.
Para o coordenador do Salipi, Luiz Romero, além da presença massiva dos jovens e dos estudantes, o destaque desta edição vai para a inclusão de um novo público, os deficientes visuais e auditivos. “Destaco muitas coisas boas nesta edição, mas dentre elas a presença de novas linguagens me deixa muito feliz, como é o caso da incorporação da Libras (língua brasileira de sinais) que estamos adotando com transmissão real nas atividades dentro do Theatro 4 de Setembro”, conta.
Romero ressaltou ainda a demarcação feita em toda a Praça Pedro II para auxiliar na locomoção dos deficientes visuais. “Essa foi uma das formas que encontramos de trazer essas pessoas que antes não tinham acesso à feira e agora podem ter. É mais um público que estamos atraindo e atendendo. A gente se sente muito bem em proporcionar uma estrutura que facilite realmente o acesso para esse público”, comemora.
O Salão do Livro do Piauí segue até o dia 9 de junho com uma programação variada que inclui feira de livros, palestras, seminários, oficinas, bate-papos literários, saraus e shows musicais. O evento acontece com o apoio do Governo do Estado e tem realização da Fundação Quixote.