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Saída de Temer da articulação

Saída de Temer da articulação política é 'bom sinal', diz Eduardo Cunha.

Publicada em 24 de Agosto de 2015 �s 21h17


 O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMBD), afirmou nesta segunda-feira (24) que a saída do vice-presidente da República, Michel Temer, da articulação politica é um ‘sinal positivo’. Para Cunha, Temer vinha sendo sabotado na função.
Conforme informou mais cedo o Blog do Camarotti, Temer entregou no final da manhã as atribuições de articulador político do governo federal, após conversa com a presidente Dilma Rousseff. O vice, no entanto, teria assumido o compromisso com Dilma de continuar ajudando nas relações do governo com os poderes Judiciário e Legislativo.

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“Eu ainda não sei se ele efetivamente saiu, mas torço para que seja verdade. Eu mesmo acho que ele deveria deixar a articulação política porque ele foi muito sabotado esse tempo todo. Ele não tinha condição nenhuma pela sabotagem que foi feita esse tempo todo [...]. A saída dele da articulação politica, se confirnada , é um bom sinal para ele", declarou.

Cunha falou com jornalistas nesta segunda após participar de debate sobre pacto federativo na Assembleia Legislativa de São Paulo. Na entrevista coletiva, ele também voltou a defender que o PMDB antecipe o congresso da sigla previsto para novembro. O objetivo de Cunha é adiantar a discussão dentro da sigla sobre a possível saída dos peemedistas da aliança com o governo.
“Estou defendendo que o congresso do PMDB adiante, que seja convocado para antes de novembro, para discutir a saída do PMDB do governo", afirmou o presidente da Camara. Cunha, no entanto, disse não saber se a saída de Temer da articulação política facilita o rompimento com o governo.

“Não sei se a saída dele da articulação é mais um passo [para o PMDB sair do governo], mas, para nós que defendemos a saída, a gente vê como um fator positivo.”
À noite, ao chegar à Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha voltou a defender a saída do PMDB da base de apoio do governo. Ele disse ainda que Temer saiu do dia a dia da articulação política "para não se desmoralizar".
"Ele sair foi uma resposta à altura das sabotagens que ele sofreu nesse tempo. Não tem sentido ele desgastar a posição dele, pessoal, para manter acordos que não eram cumpridos pelo governo. Ele ia se desmoralizar perante esta Casa. E, para não se desmoralizar, ele decidiu sair. Atitude dele foi correta", disse.
Cunha afirmou que ainda não tem condições de avaliar os impactos da saída de Temer na relação da Câmara com o Planalto. Para o PMDB, entretanto, ele disse que a situação é "relevante".
"Acho positivo e acho que estimula antecipação do congresso [do partido]. Defendo saída do PMDB do governo, que deve ficar no mínimo numa posição de independência", complementou o peemedebista.
Corte de ministérios
Cunha também considerou positivo o corte nos ministérios. Mais cedo, após reunião no Palácio da Alvorada, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou que o governo federal avalia fazer uma reforma administrativa que deverá cortar 10 dos atuais 39 ministérios.

"É um sinal positivo para a gente mostrar que o governo está preocupado também em economizar recursos públicos, mas eu acho dez ainda pouco", disse Cunha

Durante a participação de Cunha do evento na Assembleia Legislativa de São Paulo, manifestantes entraram no plenário e fizeram um rápido protesto contra o deputado. Eles carregavam uma bandeira vermelha e gritaram: "Ô Cunha, pode esperar, a sua hora vai chegar". Eles encerraram o protesto antes da chegada da polícia.

Também participaram do evento os senadores do PSDB Aloysio Nunes (SP), José Serra (SP) e Antonio Anastasia (MG), além de presidentes de mais de 20 assembleias estaduais. O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez, explicou que o objetivo da reunião foi discutir a federalização do país, com a transferência de competências do Congresso Nacional para os Estados.
Na Câmara, Cunha disse estar "nem um pouco preocupado" e declarou que o PMDB deveria entregar todos os ministérios, de forma a sair da base de apoio do governo. Cunha avaliou que o anúncio da redução de ministérios foi "atabalhoado" porque o governo "não estava pronto para anunciar nada".
"[Membros do governo] tomaram decisão de um anúncio político para ter notícia política hoje e se sobrepor a notícias não boas", disse o presidente da Câmara.
Questionado sobre a intenção de deputados de recolher assinaturas dos parlamentares para pedir afastamento de Cunha, o presidente da Câmara respondeu: "sem comentários".
Tags: Saída de Temer - O presidente da Câma

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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