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Acusada de apoiar e armar os separatistas no Leste da Ucrânia, a Rússia afirmou que cerca de 40 projéteis de morteiros disparados por forças ucranianas atingiram, nesta sexta-feira a província russa de Rostov, perto da fronteira, onde forças do governo de Kiev combate os rebeldes. Não há relatos de feridos.
“Aqueles que dispararam da Ucrânia o fizeram propositalmente, com a intenção de matar oficiais de segurança russos. Foi só o despreparo dos militares ucranianos e a evacuação em boa hora dos oficiais, protegidos por veículos blindados de transporte, que impediu os atiradores de atingirem seu objetivo", afirmou o Comitê Investigativo da Rússia, em comunicado. saiba mais EUA aprovam mais sanções contra a Rússia por crise na Ucrânia Presidente da Ucrânia pede ajuda a Merkel para solucionar conflito no país Ucrânia denuncia ataques separatistas após cessar-fogo Rússia classifica apoio do G7 à Ucrânia de cinismo sem limites Rebeldes anunciam libertação de observadores europeus na Ucrânia Leia mais sobre Crise na Ucrânia
De acordo com a agência russa Interfax, o chefe do Estado Maior da Rússia, Valery Gerasimov, afirmou ter provas de que a Ucrânia usou bombas de fósforo branco contra cidadãos russos. O governo de Kiev negou a acusação.
— Isso é completamente absurdo. Não usamos bombas de fósforo branco. Nem ao menos temos tais bombas — afirmou o porta-voz do exército ucraniano Vladislav Seleznyov. — Usamos sinalizadores, mas eles não têm qualquer relação com bombas de fósforo branco.
Na última quinta-feira, a a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, acusou a Rússia de armar as forças separatistas, e acionar sua artilharia através da fronteira mirando posições militares ucranianas. As declarações foram rebatidas nesta sexta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Negamos as insinuações públicas infundadas que Harf, repete dia após dia", declarou a chancelaria russa em comunicado.
Ainda nesta sexta-feira, o embaixador dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Douglas Lute, afirmou que a Rússia voltou a aumentar o número de tropas ao longo da fronteira com a Ucrânia. Washington e Kiev acreditam que Moscou está permitindo que combatentes e armas cruzem a fronteira para os territórios sob comando dos rebeldes no leste ucraniano.