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Ronaldo responde a manifestant

Ronaldo responde a manifestantes: minha vergonha é política.

Publicada em 06 de Junho de 2014 �s 07h49


O ex-jogador Ronaldo respondeu as críticas que sofreu na tarde desta quinta-feira, em frente à sede da 9ine, agência que ele é dono, na zona Oeste de São Paulo. Cerca de 30 pessoas do movimento Juntos! manifestaram contra suas recentes declarações sobre hospitais e protestos durante a Copa do Mundo. Durante a ação, manifestantes gritavam: "ô Ronaldo, preste atenção, povo não quer estádio, quer saúde e educação". Através do Facebook, o ex-jogador respondeu na mesma moeda: “ôô galera, presta atenção! Eu pago meus impostos por saúde e educação! Ôô galera, se liga então! Não é na minha agência que rola corrupção!”. Ronaldo disse que levou a situação na esportiva e tentou explicar o porque de ter falado para “baixar o cacete” durante os protestos. “Quando falei em ‘baixar o cacete’, deixei bem claro que me referia aos vândalos, que se aproveitam da boa intenção das manifestações pacíficas para saquear estabelecimentos e depredar patrimônio público”. O ex-jogador também deixou clara sua insatisfação com a política do País. “A minha vergonha é política. Única e exclusivamente. Fora de campo, que fique claro, de uma vez por todas: os meus anseios, como brasileiro, são os mesmos de vocês. Pago altos impostos e pouco desfruto do que é público”, e ainda completou: “ô galera! Preste atenção! Na Copa eu torço, manifesto na eleição!”. Confira na íntegra a resposta de Ronaldo: Ôô galera, presta atenção! Eu pago meus impostos por saúde e educação! Ôô galera, se liga então! Não é na minha agência que rola corrupção! Ôo galera, qual a intenção? Ninguém aqui é contra a sua manifestação! Levei na esportiva a baderna que alguns manifestantes do coletivo "Juntos!" fizeram hoje na porta da 9ine WPP. Porque não é possível que alguém esteja realmente levando isso a sério, é? Acho lamentável o tempo e a energia desperdiçados. Não é aqui, onde há vários funcionários trabalhando, nem de mim, que vocês devem cobrar nada. Eu não sou político, sou cidadão comum! Minha honestidade não é vulnerável, nem está à venda. E estou tão insatisfeito quanto vocês! Quando falei em "baixar o cacete", deixei bem claro que me referia aos VÂNDALOS, que se aproveitam da boa intenção das manifestações pacíficas para saquear estabelecimentos e depredar patrimônio público. Alguém em sã consciência apoia esse tipo de comportamento? Estamos às vésperas de sediar o maior evento midiático do planeta, com 32 bilhões de espectadores em audiência acumulada no total de jogos. A Copa do Mundo, para mim e para tantos, sempre foi um sonho. Infelizmente, não pude desfrutar do prazer de jogá-la em casa, mas nunca imaginei que trabalhar voluntariamente para recebê-la aqui pudesse me render tantos desafetos. O fato é que as pessoas estão confundindo as coisas: 1° - Ninguém merece ser insultado por qualquer opinião – seja ela boa ou ruim – a respeito da Copa. Visões distintas não justificam agressões. Quem quer curtir tem o direito de curtir sem culpa, sem pressão, sem imposição. 2° - “Não faz sentido achar que festa de aniversário é hora adequada para mamãe e papai discutirem a relação. Poderemos debater nossos problemas com a profundidade e a urgência que eles merecem quando as visitas forem embora. A Copa não é do governo, a Copa é nossa.” (Nizan Guanaes) A minha vergonha é política. Única e exclusivamente. Mas o que entra em campo no dia 12 de junho é o nosso futebol. É o futebol do mundo. É a miscigenação. É a riqueza cultural. É o esporte pela paz, pela ciência, pela sustentabilidade e pelo respeito à diversidade étnica. É a nossa seleção – a mais vezes campeã – rumo ao Hexa! Fora de campo, que fique claro, de uma vez por todas: os meus anseios, como brasileiro, são os mesmos de vocês. Toda a infra-estrutura de que o Brasil carece interfere diretamente na minha qualidade de vida. Não sou alheio ou indiferente aos nossos problemas sociais. Para pobres e ricos, a honestidade custa caro por aqui. Pago altos impostos e pouco desfruto do que é público. Sem saúde, educação, transporte e segurança de qualidade, sou obrigado a recorrer aos serviços particulares - ou seja, pago duas vezes. E nunca esqueci as minhas origens, sei também o que é ter o serviço público como única opção. Mas represento o futebol, quero que a Copa seja linda e ponto final. Não há politicagem na minha posição. Tanto não há que deixo clara a minha desaprovação ao governo. Repudio a corrupção; sou prejudicado por tudo que prejudica cada brasileiro; e também desejo uma melhor e mais transparente gestão para o Brasil. Só não permito que a minha visão política me deixe cego para os inquestionáveis legados da maior competição internacional de esporte único sediada no nosso país. A frustração com o governo deve se refletir nas urnas, e no engajamento político de cada cidadão para que as campanhas não se aproveitem tanto do analfabetismo funcional gerado pela cultura de massa. Mas as eleições são em outubro. A Copa do Mundo é agora! Devemos permitir que a política do nosso país, que já nos priva de tantas coisas, também nos prive agora de viver essa alegria? Ôô galera! Preste atenção! Na Copa eu torço, manifesto na eleição!

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Fonte: Vooz �|� Publicado por: Da Redação
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