O Deputado Robert Rios (PDT) disse em discurso na Assmebleia, que o Governo do Estado gasta mais de R$ 5 milhões por mês com o pagamento de servidores terceirizados, o que chega a cerca de R$ 60 milhões por ano. Ele afirmou que somente um órgão, a Secretaria de Assistência Social e da Cidadania (Sasc), tem uma folha de pagamento de terceirizados de quase R$ 1 milhão por mês.
No início do seu discurso, Robert Rios disse que apresentou requerimento pedindo ao Ministério Público Federal que investigue a ocorrência de um grande número de mortes violentas de detentos em presídios do Piauí. “Somente este ano já foram registradas sete mortes e no ano passado foram mais de 50. O Ministério Público Estadual e a OAB-PI precisam, também, investigar essa questão”, acentuou ele.
Em aparte, o deputado Dr. Hélio Oliveira informou que dados fornecidos pela Secretaria de Justiça indicam que este ano só ocorreram três mortes violentas nos presídios e as outras foram mortes naturais, assinalando que aquele órgão vem adotando medidas visando melhorar a situação dos presídios do Estado. Robert Rios contestou assinalando que os números de mortos foram divulgados pela imprensa e que somente em relação a um caso ainda não se sabe a causa.
Em seguida, o parlamentar do PDT revelou dados sobre a contratação de terceirizados pelo Governo fornecidos pelo secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva. Ele citou os valores gastos por vários órgãos, incluindo as Secretarias de Fazenda, que paga R$ 1,1 milhão por mês para a empresa Mutual, e de Transportes que tem uma folha de R$ 185,3 mil, embora, acentuou o parlamentar, “a Setrans seja do tamanho deste púlpito de onde estou falando”.
O deputado Edson Ferreira (PSD) afirmou que deve ser apurada a real necessidade de contratação dos terceirizados. Robert Rios acrescentou que, enquanto o Governo aplica R$ 60 milhões em pagamento de terceirizados, alega que não tem recursos para dar reajuste salarial aos professores e prometeu realizar um pronunciamento nos próximos dias tratando sobre as nomeações de ocupantes de cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior) visando atender “apadrinhados” políticos.