Iniciada a cerca de um ano, a obra de restauração no Mercado Central São José, conhecido popularmente como Mercado Velho de Teresina tem causado transtornos aos comerciantes e consumidores que frequentam o local. A reclamação frequente por parte dos usuários é que a obra tem se estendido e afetado as vendas.
Segundo o comerciante Daniel Siqueira, o ritmo da obra era constante em seu início, mas com o passar do tempo, quase não se observa mais a movimentação de operários no mercado.
“No começo, a obra estava rápida, mas logo começou a parar. A reforma se concentrou em outro ponto do mercado, e pelo tempo que começou, está muito lento”, lamenta.
Outro transtorno que faz parte das queixas dos clientes, é que o setor de artesanato foi realocado provisoriamente para o primeiro andar do mercado, mas sinalização para o espaço temporário é praticamente inexistente, e o acesso é feito apenas pelas escadas, pois o elevador exclusivo para os cadeirantes encontra-se fora de funcionamento.
A funcionária pública Elen Sousa ressalta a confusão que enfrentou para localizar o setor de artesanato, que para ela, está praticamente escondido na estrutura do mercado.
“A gente rodou, procurou, e quando estávamos quase desistindo, acabamos achando. Compliquei-me um pouco e tive que perguntar para poder achar, pois o setor está meio escondido”, narra.
Os artesãos que dependem das vendas argumentam que as transações diminuíram pelo menos pela metade, e que a clientela não tem acesso ao setor principalmente por falta de sinalização. “As vendas caíram em 50%. As pessoas às vezes não querem subir, até mesmo por falta de informação, conta a artesã Irenice Melo.
Segundo Jeferson Oliveira, gerente de obras da SDU Centro/Norte explica que a reforma é na verdade uma restauração, para preservar a arquitetura original do Mercado São José. De acordo com ele, tanto clientes quanto comerciantes precisarão de paciência até a conclusão.
“Estamos resgatando o mercado como ele foi feito no seu início, trazendo toda aquela parte história com base em uma pesquisa, para ser reconstruído de acordo como ele era, mas com algumas melhorias, principalmente em relação à segurança e acessibilidade. Estamos com previsão para até o meio do ano de 2015, por volta de agosto, que é o prazo que temos pra finalizar a obra”, conta o gerente.
Para amenizar a situação dos artesãos, parte deles foi remanejada por alguns dias para tendas improvisadas no calçadão da Praça Rio Branco, Centro da cidade. A intensão é aproveitar o fluxo de consumidores na véspera do feriado de Natal para impulsionar as vendas de artigos artesanais.
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