O reajuste de 9% anunciado pela Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa) passou a valer desde do dia 1º de julho. As contas mais caras começam a chegar na casa dos piauienses e já pesa no bolso do consumidor.
Para os moradores, além de gastar mais, eles ainda convivem com a interrupção frequente no abastecimento. De acordo com a empresa, os cálculos da nova tarifa levaram em conta o impacto financeiro em razão dos aumentos com energia elétrica.
O aumento de quase R$ 2 no valor da conta de água já vem na conta e preocupa a população. Na casa da Maria de Jesus, no bairro Água Mineral, Zona Norte de Teresina, o orçamento já pesou e a falta de água é constante.
"O dinheiro não aumenta, só as contas. Principalmente a água, que não podemos viver sem ela. Pagamos caro e o serviço não é bom, porque é imprevisível saber quando o líquido sai da torneira", comentou.
A aposentada Maria Otacília tem dificuldade de locomoção e conta como é a rotina para armanezar água. "Às vezes passa de cinco dias sem ter água e eu preciso pagar alguém ou pedir para os vizinhos para carregar os baldes. Cadê o dinhero? Tenho que pagar água, luz e alimentação", disse.
O tratador de piscina Fábio Sousa mora na região da Vila Irmã Dulce, Zona Sul de Teresina, e também precisa armanezar água. Depois do reajuste, a conta dele passou de R$ 26 para R$ 33. "É muita diferença. Não tive mudança no consumo e a previsão é aumentar o valor", disse.
Aumenta os valores e a insatisfação do consumidor. "Este reajuste é um absurdo, porque para ter água precisamos pegar no poço", declarou a dona de casa Maria Olinda.
Nota
A assessoria de comunicação informou que o problema na região só deve ser resolvido quando a estação de tratamento da Zona Norte estiver funcionando.Já foram feitos testes operacionais e, de acordo com o governo do estado, a inauguração está prevista para o mês de agosto.